A comunicação como uma habilidade não técnica no centro cirúrgico: um estudo qualitativo

Sisilie Havnås Skråmm
Inger Lise Smith Jacobsen
Ingrid Hanssen
Título original
Communication as a non-technical skill in the operating room: A qualitative study
Resumo

Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi explorar como os enfermeiros de centros cirúrgicos (ECCs) vivenciam a comunicação em equipe no centro cirúrgico (CC), no que diz respeito às habilidades não técnicas.
Desenho: Utilizando a lista SPLINTS (Scrub Practitioners List of Intraoperative Non-Technical Skills), realizamos entrevistas semiestruturadas aprofundadas, individuais e qualitativas com 11 ECCs em um hospital universitário norueguês. Seguimos as seis fases analíticas de Braun e Clarke para a análise temática dos dados.
Resultados: Cirurgiões despreparados ou que exigem instrumentos diferentes dos que foram indicados nas informações pré-operatórias causam estresse e frustração. O mesmo acontece com o ruído e a comunicação brusca ou deficiente. É importante garantir um bom fluxo de informações em toda a equipe. Quando é necessário manter silêncio, os ECCs se comunicam com gestos, olhares e acenos. A criação de uma cultura positiva e segura na equipe facilita as discussões, as perguntas e o compartilhamento de informações.
Conclusão: Dinâmicas inadequadas e comunicação imprecisa e/ou desrespeitosa podem reduzir a segurança do paciente. O treinamento da equipe interdisciplinar pode chamar a atenção para o valor da comunicação como uma habilidade não técnica.
 

Resumo original

Abstract
Aim: The aim of this study was to explore how operating room nurses (ORNs) experience operating room (OR) team communication concerning non-technical skills.
Design: Based on the Scrub Practitioners List of Intraoperative Non-Technical Skill (SPLINTS), qualitative individual in-depth semi-structured interviews were conducted with 11 ORNs in a Norwegian university hospital. Braun and Clarke's six analytic phases for thematic data analysis were used.
Results: Surgeons being unprepared or demanding different instruments than the preoperative information indicates, cause stress and frustration. So does noise and brusquely or poor communication. Ensuring good information flow within the entire team is important. When silence is required, the ORNs communicate with gestures, looks and nods. Creating a positive and secure team culture facilitates discussions, questions and information sharing.
Conclusion: Inappropriate dynamics, inaccurate and/or disrespectful communication and noise may reduce patient safety. Interdisciplinary team training may bring attention to the value of communication as a non-technical skill.
 

Revista
Nursing Open
Data de publicação
Volume
4
Fascículo
8
doi
10.1002/nop2.830