Via de parto: Desenvolvimento e implementação de um programa de simulação obstétrica in situVia de parto: Desenvolvimento e implementação de um programa de simulação obstétrica in situ

Valerie Bloomfield ; Susan Ellis ; Julie Pace ; Michelle Morais
Título original:
Mode of Delivery: Development and Implementation of an Obstetrical In Situ Simulation Program
Resumo:

OBJETIVO: A simulação é cada vez mais valorizada como uma ferramenta de aprendizagem na prática obstétrica. A simulação in situ avalia as habilidades práticas e de pensamento crítico de uma equipe de saúde dentro do seu ambiente clínico. Procuramos criar um programa de simulação in situ para promover a aquisição de habilidades, melhorar o trabalho em equipe e identificar limitações sistêmicas. MÉTODOS: Identificamos importantes emergências obstétricas através de uma avaliação de necessidades. Desenvolvemos então simulações in situ para abordar essas apresentações clínicas. Durante as simulações, os organizadores e participantes identificaram ameaças latentes à segurança. A conduta clínica foi avaliada através de listas de verificação abrangentes, voltadas especificamente a emergências. As atitudes dos líderes foram avaliadas através da Ferramenta de Avaliação de Resposta da Equipe de Emergência Perinatal modificada. Depois de cada simulação, foi feita uma reunião com os membros da equipe, sendo solicitado feedback qualitativo e quantitativo, que foi então agregado por especialidade e disciplina. RESULTADOS: As simulações foram realizadas mensalmente em dois hospitais universitários ao longo de 14 meses. A participação foi interdisciplinar, incluindo estudantes, médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde dos departamentos de obstetrícia, anestesia, medicina de emergência e neonatologia. Os participantes afirmaram que a sua participação no programa foi agradável e relataram melhorias nas suas habilidades de comunicação e em seus conhecimentos, tanto em termos de conteúdo como de processos. Os participantes classificaram positivamente a espontaneidade das simulações, os cenários clinicamente relevantes, o ambiente seguro e o uso de equipamentos realistas. Foram identificadas ameaças latentes à segurança relacionadas a equipamentos, medicamentos, pessoal, recursos e habilidades técnicas. CONCLUSÃO: Apresentamos aqui a implementação bem-sucedida de um programa abrangente de simulação in situ. A simulação in situ permite a prática deliberada de emergências obstétricas e promove uma cultura de segurança do paciente. As lições aprendidas geram dados valiosos que permitem identificar limitações em nossas práticas atuais e embasar mudanças futuras nas políticas.

Resumo Original:

OBJECTIVE: Simulation is increasingly valued as a learning tool in obstetrical practice. In situ simulation assesses the hands-on and critical thinking skills of a health care team within their clinical setting. We aimed to create an in situ simulation program to promote skills acquisition, enhance teamwork, and identify system limitations. METHODS: Key obstetrical emergencies were identified through a needs assessment. In situ simulations were developed to address these clinical presentations. During simulations, organizers and participants identified latent safety threats. Medical management was evaluated through comprehensive emergency-specific checklists. Leadership attitudes were assessed using the modified Perinatal Emergency Team Response Assessment tool. Following each simulation, team members were debriefed, and qualitative and quantitative feedback was solicited and aggregated by specialty and discipline. RESULTS: Simulations were conducted monthly at two academic centers over 14 months. Participation was interdisciplinary, including learners, staff physicians, nursing, and allied health team members from the departments of obstetrics, anesthesia, emergency medicine, and neonatology. Participants reported their involvement was enjoyable. Participants reported improvements in communication skills, content knowledge, and procedural knowledge. Participants favourably rated the spontaneity of simulations, clinically relevant scenarios, safe environment, and use of realistic equipment. Latent safety threats, related to equipment, medication, personnel, resources, and technical skills, were identified. CONCLUSION: We present the successful implementation of a comprehensive in situ simulation program. In situ simulation allows for deliberate practice of obstetrical emergencies and promotes a culture of patient safety. Lessons learned provide valuable data to identify limitations within our current practices and inform future policy change.

Fonte:
Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada ; 42(7): 868-873; 2020. DOI: 10.1016/j.jogc.2019.12.011.