Definição da comunicação mínima necessária durante as transições de cuidados para pacientes em medicação anti-hiperglicemiante: consenso da força-tarefa de transições de cuidados da IPRO Hypoglycemia Coalition
INTRODUÇÃO: Agentes anti-hiperglicemiantes são importantes contribuintes para eventos adversos de medicamentos, responsáveis por visitas ao serviço de emergência, hospitalizações e óbitos. Em nível nacional, a taxa de eventos graves de hipoglicemia associada a esses agentes permanece alta, apesar dos esforços generalizados para melhorar a segurança dos medicamentos. As transições de cuidado entre ambientes de saúde podem acarretar desafios de comunicação entre os profissionais de saúde e aumentar o risco de eventos adversos relacionados a medicamentos. Melhorias baseadas em sistemas são necessárias para garantir transições seguras para pacientes com diabetes que usam agentes anti-hiperglicemiantes. O objetivo deste estudo foi desenvolver uma lista consensual de elementos necessários que devem ser comunicados entre os ambientes de cuidado durante as transições de pacientes que têm prescrição de agentes anti-hiperglicemiantes. MÉTODOS: A Island Peer Review Organization (IPRO) Hypoglycemia Coalition identificou as transições de cuidado subótimas como uma barreira para melhorar a segurança do paciente e a qualidade dos cuidados da diabetes. A Coalition formou uma força-tarefa multidisciplinar com especialistas na área de cuidados da diabetes. A força-tarefa preparou uma lista preliminar de elementos de comunicação necessários a partir da revisão da literatura e de deliberações em teleconferências mensais. Posteriormente, foi realizado um processo de Delphi iterativo cego para gerar uma lista de consenso dos elementos de comunicação necessários, com a concordância dos especialistas participantes, para assumir com segurança e eficácia o gerenciamento de pacientes com diabetes nas transições do cuidado. RESULTADOS: A força-tarefa completou uma série de quatro pesquisas iterativas entre setembro de 2015 e agosto de 2016, resultando em uma lista final de 22 elementos de comunicação necessários (a Lista de Comunicação de Alta do Gerenciamento de Diabetes), categorizados conceitualmente em três domínios: diagnóstico e tratamento, fatores que afetam o controle glicêmico ou o risco do paciente e autogestão do paciente. CONCLUSÕES: A Lista de Comunicação de Alta do Gerenciamento de Diabetes fornece um referencial inicial para o desenvolvimento de recursos específicos para diabetes a fim de melhorar a comunicação clínica entre os ambientes de cuidado.
INTRODUCTION: Antihyperglycemic agents are significant contributors to adverse drug events, responsible for emergency department visits, hospitalizations, and death. Nationally, the rate of serious hypoglycemic events associated with these agents remains high despite widespread efforts to improve drug safety. Transitions of care between healthcare settings can lead to communication challenges between care professionals and increase the risk of adverse drug events. System-based improvements are needed to assure the safe transitions for patients with diabetes who are on antihyperglycemic agents. The objective of this study was to develop a consensus list of requisite elements that should be communicated between care settings during transitions of patients who are prescribed antihyperglycemic agents. METHODS: The Island Peer Review Organization (IPRO) Hypoglycemia Coalition identified suboptimal transitions of care as a barrier to improving patient safety and quality of diabetes care. The Coalition formed a multidisciplinary Task Force with experts in the field of diabetes care. The Task Force created a draft list of requisite communication elements through literature review and deliberation on monthly conference calls. A blinded iterative Delphi process was subsequently performed to generate a consensus list of requisite communication elements that participating experts agreed were necessary to safely and effectively assume the management of patients with diabetes upon care transitions. RESULTS: The Task Force completed a series of four iterative polls from September 2015 to August 2016, resulting in a final list of 22 requisite communication elements (the Diabetes Management Discharge Communication List), with the elements conceptually categorized into three domains: diagnosis and treatment, factors affecting glycemic control or patient risk, and patient self-management. CONCLUSIONS: The Diabetes Management Discharge Communication List provides an initial framework for the development of diabetes-specific resources to improve clinical communication between care settings.