Objetivo: Estudar as diferenças em medidas de resultado e de tratamento neonatais em unidades obstétricas finlandesas.
Desenho: Estudo baseado em dados obtidos num Registro Médico de Nascimentos.
Ambiente e população: Todos os nascimentos (n= 294.726) ocorridos na Finlândia entre 2006 e 2010, com foco em nascimentos únicos a termo em maternidades não-universitárias.
Métodos: Todas as 34 maternidades foram classificadas como unidades pequenas (menos que 1000 nascimentos), médias (1000 a 2999) ou grandes (3000 ou mais), e suas taxas de resultados adversos em neonatos foram comparadas utilizando-se a regressão logística.
Principais medidas de resultado: Mortes neonatais precoces, natimortos, escores de Apgar, pH do sangue umbilical arterial, paralisia de Erb, tratamento por ventilação mecânica, proporção de partos pós-termo (idade gestacional acima de 42 semanas) e proporção de neonatos ainda internados 7 dias após o parto.
Resultados: A análise de nascimentos únicos a termo em maternidades não-universitárias demonstrou uma mortalidade neonatal precoce significativamente maior em unidades pequenas em comparação a unidades médias (odds ratio [OR], 2,07; intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,19-3,60]. A taxa de paralisia de Erb foi mais baixa nas unidades grandes (OR, 0,65; IC 95%, 0,50-0,84). O uso da ventilação mecânica foi mais de duas vezes mais frequente em unidades grandes do que em unidades médias (OR, 2,38; IC 95%, 2,00-2,83). A proporção de partos pós-termo foi mais alta nas unidades grandes (OR, 1,36; IC 95%, 1,31-1,42), nas quais uma porcentagem significativamente mais alta de neonatos pós-termo ainda estava internada 7 dias após o parto (OR, 1,50; IC 95%, 1,19-1,89).
Conclusões: Existem diferenças significativas em diversos indicadores neonatais conforme o tamanho da maternidade. É necessário um consenso internacional para definir quais indicadores devem ser utilizados.
Objective: To study the differences in neonatal outcome and treatment measures in Finnish obstetric units.
Design: A registry study with Medical Birth Register data.
Setting and population: All births (n = 2 94 726) in Finland from 2006 to 2010 with a focus on term, singleton non-university deliveries.
Methods: All 34 delivery units were grouped into small (below 1000), mid-sized (1000–2999) and large (3000 or more) units, and the adverse outcome rates in neonates were compared using logistic regression.
Main outcome measures: Early neonatal deaths, stillbirths, Apgar scores, arterial cord pH, Erb's paralysis, respirator treatment, the proportion of post-term deliveries (gestational age beyond 42 weeks) and the proportion of newborns still hospitalised 7 days after delivery.
Results: From an analysis of term, singleton non-university deliveries, the early neonatal mortality was significantly higher in the small relative to the mid-sized delivery units [odds ratio (OR), 2.07; 95% confidence interval (CI), 1.19–3.60]. The rate of Erb's paralysis was lowest in the large units (OR, 0.65; 95% CI, 0.50–0.84). The use of a respirator was more than two-fold more common in large relative to mid-sized units (OR, 2.38; 95% CI, 2.00–2.83). The proportion of post-term deliveries was highest in the large units (OR, 1.36; 95% CI, 1.31–1.42), where a significantly higher percentage of post-term newborns were still hospitalised after 7 days (OR, 1.50; 95% CI, 1.19–1.89).
Conclusions: There are significant differences in several neonatal indicators dependent on the hospital size. An international consensus is needed on which indicators should be used.
Keywords: Neonatology; obstetrics; patient safety indicator