Estudo comparativo da precisão da Escala de Fragilidade Clínica pontual e da Escala de Morse na identificação de pacientes com alto risco de queda entre adultos hospitalizados
Contexto: As quedas são uma grande preocupação entre os adultos hospitalizados, e é essencial identificar pacientes de alto risco para evitá-las. Este estudo de coorte retrospectiva realizado no Asan Medical Center, Coreia, comparou as capacidades de triagem da Escala de Fragilidade Clínica (EFC) pontual e da Escala de Morse (EM) para identificar pacientes com alto risco de quedas entre adultos hospitalizados.
Métodos: Foram avaliados os registros de EFC, EM e a incidência de quedas durante a hospitalização de 2.028 pacientes com 18 anos ou mais incluídos neste estudo. Calculamos a sensibilidade, a especificidade, o valor preditivo positivo (VPP), o valor preditivo negativo (VPN) e a area under the curve (AUC) para cada ferramenta.
Resultados: Vinte e cinco pacientes (1,23%) sofreram quedas durante a internação. O escore médio de EFC pontual foi significativamente maior naqueles com quedas do que naqueles sem quedas. O escore médio da EM não diferiu significativamente entre os dois grupos. Os pontos de corte ideais para os escores EFC pontual e EM foram 5 e 45, respectivamente. Nesses pontos de corte, a EFC pontual demonstrou sensibilidade de 76,0%, especificidade de 54,0%, VPP de 2,0% e VPN de 99,4%, enquanto a EM demonstrou sensibilidade de 60,0%, especificidade de 68,1%, VPP de 2,2% e VPN de 99,4%. Os valores de AUC para a EFC pontual e a EM foram de 0,68 e 0,63, respectivamente, sem diferença significativa (p=0,31).
Conclusão: A EFC pontual é uma ferramenta de triagem válida para avaliar o risco de queda em adultos hospitalizados, pois identifica efetivamente o risco de queda com um desempenho semelhante ao da EM.
Background: Falls are a major concern among hospitalized adults, and it is essential to identify high-risk patients to prevent falls. This retrospective cohort study conducted at the Asan Medical Center, Korea, compared the screening abilities of the at-point Clinical Frailty Scale (CFS) and Morse Fall Scale (MFS) to identify patients at high risk for falls among hospitalized adults.
Methods: We assessed the records of at-point CFS, MFS, and fall incidence during hospitalization of 2,028 patients aged 18 or older included in this study. We calculated the sensitivity, specificity, positive predictive value (PPV), negative predictive value (NPV), and area under the curve (AUC) for each tool.
Results: Twenty-five patients (1.23%) experienced falls during hospitalization. The mean at-point CFS score was significantly higher in those with falls than in those without falls. The mean MFS score did not differ significantly between the two groups. The optimal cutoff points for the at-point CFS and MFS scores were 5 and 45, respectively. At these cutoffs, the at-point CFS demonstrated a sensitivity of 76.0%, specificity of 54.0%, PPV of 2.0%, and NPV of 99.4%, whereas the MFS demonstrated a sensitivity of 60.0%, specificity of 68.1%, PPV of 2.2%, and NPV of 99.4%. The AUC values for the at-point CFS and MFS were 0.68 and 0.63, respectively, with no significant difference (p=0.31).
Conclusion: The at-point CFS is a valid screening tool for assessing fall risk in hospitalized adults, as it effectively identifies fall risk with a performance similar to that of the MFS.