Estudo prospectivo unicêntrico de frequência, etiologia, mortalidade, custo e prevenção de infecções do trato respiratório

Wieslawa Duszynska
Marta Idziak
Klaudia Smardz
Anna Burkot
Malgorzata Grotowska
Stanislaw Rojek
Título original
Frequency, Etiology, Mortality, Cost, and Prevention of Respiratory Tract Infections-Prospective, One Center Study
Resumo

Contexto: A pneumonia associada à ventilação (PAV) é o tipo mais monitorado de infecções do trato respiratório (ITRs). Um pequeno número de estudos epidemiológicos monitorou a pneumonia adquirida na comunidade (PAC), a pneumonia adquirida no hospital sem ventilação mecânica (PAH-NV) e a traqueobronquite associada à ventilação (TAV) em unidades de terapia intensiva (UTIs). O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência, etiologia, mortalidade e custos adicionais de ITRs.
Métodos: Vigilância prospectiva de ITRs de um ano em uma UTI de 30 leitos. O estudo avaliou as taxas e os perfis microbiológicos de PAC, PAV, PAH-NV, TAV e PAV, os fatores de prevenção de PAV, o impacto da PAV e PAH-NV sobre o tempo de permanência na UTI e os custos adicionais do tratamento e mortalidade de ITR.
Resultados: ITRs foram encontradas em 30% dos 578 pacientes. As taxas de PAC, PAH-NV, PAV e TAV/100 internações foram de 5,9, 9,0, 8,65 e 6,05, respectivamente. A densidade de incidência de PAV/1.000 dias de VM foi de 10,8. O patógeno mais comum de ITR foi Acinetobacter baumannii MDR. As internações na UTI foram prolongadas por PAV e PAH-NV para 17,8 e 3,7 dias, respectivamente, e essas ITRs aumentaram o custo do tratamento em 13.029 e 2.708 euros por paciente, respectivamente. A taxa de mortalidade foi maior em 11,55% nos pacientes com PAV do que naqueles sem infecções associadas ao dispositivo e a cuidados médicos (p = 0,0861).
Conclusões:  As ITRs são um grave problema epidemiológico em pacientes internados e tratados em UTI, pois podem acometer um terço dos pacientes. As ITRs hospitalares prolongam o tempo de internação, aumentam o custo do tratamento e pioram os desfechos.
 

Resumo original

Background: Ventilator-associated pneumonia (VAP) is the most monitored form of respiratory tract infections (RTIs). A small number of epidemiological studies have monitored community-acquired pneumonia (CAP), non-ventilator hospital-acquired pneumonia (NV-HAP) and ventilator-associated tracheobronchitis (VAT) in intensive care units (ICUs). The objective of this study was to assess the frequency, etiology, mortality, and additional costs of RTIs.
Methods: One-year prospective RTI surveillance at a 30-bed ICU. The study assessed the rates and microbiological profiles of CAP, VAP, NV-HAP, VAT, and VAP prevention factors, the impact of VAP and NV-HAP on the length of ICU stays, and the additional costs of RTI treatment and mortality.
Results: Among 578 patients, RTIs were found in 30%. The CAP, NV-HAP, VAP, and VAT rates/100 admissions were 5.9, 9.0, 8.65, and 6.05, respectively. The VAP incidence density/1000 MV-days was 10.8. The most common pathogen of RTI was Acinetobacter baumannii MDR. ICU stays were extended by VAP and NV-HAP for 17.8 and 3.7 days, respectively, and these RTIs increased the cost of therapy by 13,029 and 2708 EUR per patient, respectively. The mortality rate was higher by 11.55% in patients with VAP than those without device-associated and healthcare-associated infections (p = 0.0861).
Conclusions: RTIs are a serious epidemiological problem in patients who are admitted and treated in ICU, as they may affect one-third of patients. Hospital-acquired RTIs extend hospitalization time, increase the cost of treatment, and worsen outcomes.

Revista
Journal of Clinical Medicine
Data de publicação
Volume
11
Fascículo
13
doi
10.3390/jcm11133764