Eventos adversos pós-alta em neonatos internados na unidade de terapia intensiva neonatal
OBJETIVOS: Nosso objetivo foi determinar a taxa de eventos adversos pós-alta (EAs), classificar os tipos e identificar fatores de risco para EAs pós-alta entre neonatos admitidos na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). DESENHO DO ESTUDO: Este foi um estudo de coorte prospectivo de neonatos admitidos na UTIN de fevereiro de 2017 a junho de 2019. Foram incluídos 170 neonatos de uma UTIN nível 4 que estavam recebendo alta para casa e cujos pais sabem se comunicar em inglês e poderiam ser contatados após a alta. O principal resultado do estudo foi EAs pós-alta com base em entrevistas telefônicas estruturadas, revisão de prontuários e julgamento por dois médicos treinados e às cegas usando uma metodologia previamente estabelecida. RESULTADOS: Quatorze por cento dos 170 neonatos admitidos na UTIN apresentaram EAs pós-alta, sendo 48% evitáveis ou amenizáveis. Os eventos adversos dos medicamentos e as complicações de procedimentos compreenderam a maioria dos EAs (48%), mas a maioria dos EAs evitáveis e melhoráveis foi decorrente de erros de gerenciamento, terapêuticos ou de diagnóstico. Setenta e nove por cento dos neonatos que sofreram um EA tiveram uma readmissão no hospital ou uma visita ao departamento de emergência. Os neonatos admitidos em uma UTIN de nível 4 vindos de outra UTIN (nível 1, 2 ou 3) (odds ratio ajustado, 3,62; intervalo de confiança de 95%, 1,27-12,60; P = 0,01) e aqueles de 28 a 36 semanas (odds ratio ajustado, 11,38; intervalo de confiança de 95%, 1,67-127,98; P = 0,01) tiveram um risco significativamente maior de EAs na alta. CONCLUSÕES: Os neonatos que receberam alta de uma UTIN de nível 4 apresentaram alto risco de vivenciar EAs pós-alta. A identificação de tipos e fatores de risco de EA pode ser usada para orientar os esforços destinados a desenvolver intervenções que melhorem a segurança dos neonatos durante o período pós-alta.
OBJECTIVES: We aimed to determine the rate of postdischarge adverse events (AEs), classify the types of postdischarge AEs, and identify risk factors for postdischarge AEs among neonates admitted to the neonatal intensive care unit (NICU). STUDY DESIGN: This was a prospective cohort study of neonates admitted to the NICU from February 2017 through June 2019. We enrolled 170 neonates from a level 4 NICU who were being discharged home and whose parents can speak English and could be contacted after discharge. The main outcome of the study was postdischarge AEs based on structured telephone interviews, health record review, and adjudication by 2 blinded, trained physicians using a previously established methodology. RESULTS: Fourteen percent of 170 neonates admitted to the NICU experienced postdischarge AEs, with 48% being either preventable or ameliorable. Adverse drug events and procedural complications comprised most of the AEs (48%), but most of the preventable and ameliorable AEs were due to management, therapeutic, or diagnostic errors. Seventy-nine percent of neonates who suffered an AE experienced either a readmission to the hospital or an emergency department visit. Neonates admitted to a level 4 NICU from another NICU (level 1, 2, or 3) (adjusted odds ratio, 3.62; 95% confidence interval, 1.27-12.60; P = 0.01) and those 28 to 36 weeks (adjusted odds ratio, 11.38; 95% confidence interval, 1.67-127.98; P = 0.01) had a significantly higher risk of AEs at discharge. CONCLUSIONS: Neonates discharged from a level 4 NICU were at high risk for experiencing postdischarge AEs. The identification of AE types and risk factors can be used to guide efforts to develop interventions to improve neonatal patient safety during the postdischarge period.
