Contexto e objetivo: A cultura de segurança (CS) é uma ferramenta fundamental para minimizar a ocorrência de eventos adversos e melhorar a segurança e a qualidade do cuidado. Nosso objetivo foi analisar a evolução da CS entre os profissionais da saúde de um serviço de emergência pediátrica (EP) após a implementação de um sistema de gestão de riscos para a segurança do paciente baseado na Norma UNE:EN:ISO 179003 e a execução de novas práticas seguras para acreditação pela Joint Commission International. Ao mesmo tempo, procuramos descrever os pontos fortes e fracos do sistema atual.
Métodos: Estudo monocêntrico quase-experimental. Todos os profissionais do serviço participaram do estudo. Realizamos uma medição inicial da CS utilizando o questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPS) da Agency for Healthcare Research and Quality, adaptado para o espanhol em 2014. Estratégias em prol da segurança do paciente foram implementadas entre 2015 e 2022. Realizamos uma medição subsequente em 2022.
Resultados: A taxa de resposta foi de 55% em 2014 e 78% em 2022. Em ambas as ocasiões, o grupo com maior participação foi o de enfermeiros, com 35,1% e 34,8%, respectivamente. Cinco dimensões melhoraram após as intervenções: frequência de eventos adversos (25,2%, p<0,001), aprendizado organizacional (25%, p<0,001), feedback e comunicação sobre erros (22,3%, p<0,001), resposta não punitiva a erros (6,5%, p=0,176) e apoio pelos administradores (4%, p=0,333).
Conclusões: As ações realizadas influenciaram positivamente o aprendizado organizacional e a frequência de eventos adversos notificados, bem como a comunicação dentro da equipe. Por outro lado, as percepções sobre a CS não melhoraram.
Background and aim: Safety culture (SC) is a fundamental tool for minimizing adverse events and improving safety and quality of care. Our objective, therefore was to analyze the evolution of the SC of healthcare professionals in a pediatric emergency department (PED) after the implementation of a risk management system for patient safety based on the UNE:EN:ISO 179003 Standard and the execution of new safe practices for Joint Commission International accreditation. At the same time describe the current strengths and weaknesses.
Methods: Quasi-experimental, single-center study. All PED professionals participated in the study. An initial measurement of SC was performed through the Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPS) questionnaire of the Agency for Healthcare Research and Quality adapted to Spanish in 2014. Pro-patient safety strategies were implemented between 2015 and 2022. A subsequent measurement was performed in 2022.
Results: The response rate in 2014 was 55% and 78% in 2022. On both occasions the group with the highest participation was nurses with 35.1% and 34.8%, respectively. Five dimensions improved after the interventions: frequency of adverse events (25.2%, p<0.001), organizational learning (25%, p<0.001), feedback and communication about errors (22.3%, p<0.001), non-punitive response to errors (6.5%, p = 0.176), and management support (4%, p = 0.333).
Conclusions: The actions carried out had a positive influence on organizational learning and the frequency of adverse events reported and communication within the team. In contrast, the perception of SC did not increase.
