Explorando a cultura de segurança do paciente na atenção primária
Objetivo: Observar as percepções de cultura de segurança em nove tipos de profissões da atenção primária e estudar as possíveis diferenças entre elas.
Desenho: Estudo seccional.
Ambiente: Trezentos e treze consultórios de nove tipos de grupos de profissionais da atenção primária nos Países Baixos.
Participantes: Profissionais de consultórios de atenção primária. Fizeram parte do estudo nove profissões: atenção dentária, nutrição, terapia por exercício, fisioterapia, terapia ocupacional, parteira, clínicas de anticoagulação, terapia da pele e fonoaudiologia.
Principais medidas de resultados: Foram medidas as percepções de sete dimensões da cultura de segurança do paciente: “comunicação aberta e lições tiradas a partir dos erros”, “passagem de casos/plantão e trabalho em equipe”, “procedimentos e condições de trabalho adequados”, “gestão da segurança do paciente”, “suporte e coleguismo”, “intenção de notificar eventos” e “aprendizagem organizacional”. Foram apresentadas médias das dimensões por profissão e foram usadas análises multiníveis para aferir diferenças entre profissões. Além disso, foi atribuída espontaneamente uma nota para a segurança do paciente.
Resultados: Quinhentos e dezenove consultórios responderam (taxa de resposta: 24%), 313 dos quais (625 questionários individuais) foram incluídos para análise. Em termos gerais, a percepção que se teve da cultura de segurança do paciente foi positiva. A terapia ocupacional e a terapia de anticoagulação foram as que mais se afastaram negativamente das demais profissões. A fisioterapia, por sua vez, afastou-se de forma positiva. Além disso, a maioria das profissões julgou a segurança do paciente no seu âmbito como positiva (média = 4,03 numa escala de cinco).
Conclusões: Este estudo mostrou que é positiva a percepção que se tem da cultura de segurança do paciente nas profissões holandesas da atenção primária. Além disso, o estudo revelou variação entre uma profissão e outra, indicando que uma abordagem elaborada especificamente para cada grupo profissional poderá ajudar a implementar estratégias de segurança.
Objective: To explore perceptions of safety culture in nine different types of primary care professions and to study possible differences.
Design: Cross-sectional survey.
Setting: Three hundred and thirteen practices from nine types of primary care profession groups in the Netherlands.
Participants: Professional staff from primary care practices. Nine professions participated: dental care, dietetics, exercise therapy, physiotherapy, occupational therapy, midwifery, anticoagulation clinics, skin therapy and speech therapy.
Main Outcome Measures: Perceptions of seven patient safety culture dimensions were measured: 'open communication and learning from error', 'handover and teamwork', 'adequate procedures and working conditions', 'patient safety management', 'support and fellowship', 'intention to report events' and 'organizational learning'. Dimension means per profession were presented, and multilevel analyses were used to assess differences between professions. Also the so-called patient safety grade was self-reported.
Results: Five hundred and nineteen practices responded (response rate: 24%) of which 313 (625 individual questionnaires) were included for analysis. Overall, patient safety culture was perceived as being positive. Occupational therapy and anticoagulation therapy deviated most from other professions in a negative way, whereas physiotherapy deviated the most in a positive way. In addition, most professions graded their patient safety as positive (mean = 4.03 on a five-point scale).
Conclusions: This study showed that patient safety culture in Dutch primary care professions on average is perceived positively. Also, it revealed variety between professions, indicating that a customized approach per profession group might contribute to successful implementation of safety strategies