Fatores dos sistemas de saúde associados a eventos adversos entre clientes obstétricas hospitalizadas em uma unidade de saúde terciária em Gana

Elom Hillary Otchi ; Reuben Kwasi Esena ; Emmanuel Srofenyoh ; Emmanuel Ogbada Ameh ; Kwaku Asah-Opoku ; Titus Beyuo ; Sebastian Ken-Amoah
Título original:
Health systems factors associated with adverse events among hospitalized obstetric clients in a tertiary health care facility in Ghana
Resumo:

Objetivos: O risco de um evento adverso (EA) em clientes obstétricas atendidas em hospitais é maior do que o risco de morte na aviação, em acidentes de trânsito e por câncer de mama. Há pouca compreensão sobre a causa dos EA nos hospitais. O objetivo do estudo foi avaliar os fatores associados à ocorrência de EA em pacientes obstétricas hospitalizadas em um hospital terciário de Gana. Método: Estudo caso-controle de 650 pacientes obstétricas (igual número em ambos os grupos) que foram admitidas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2015, no local do estudo. Uma revisão retrospectiva dos prontuários das pacientes foi alocada aleatoriamente em ambos os grupos do estudo. Foram realizadas estatísticas descritivas e inferenciais, incluindo análise fatorial confirmatória. Os modelos foram avaliados quanto às medidas de aderência. A confiabilidade e a validade da escala também foram testadas pelo coeficiente α de Cronbach. Resultados: A média de idade gestacional das clientes foi de 37,4 ± 4,9 semanas. Liderança e governança (uso inadequado de protocolo e aderência) foram as principais causas de EA entre as pacientes obstétricas. O escore global de Kaiser-Meyer-Olkin também foi de 0,87. A escala também demonstrou alta confiabilidade (Cronbach α = 0,995; confiabilidade composta > 0,7) e validade (variância média extraída > 0,50). Houve um ajuste marginal do modelo (erro quadrático médio de aproximação, 0,067), e o teste do χ2 foi estatisticamente significativo (P < 0,05). Conclusões: O uso inadequado do protocolo e aderência é uma das principais causas de EA evitáveis identificados neste estudo. Há uma necessidade urgente de abordar isso para garantir uma redução na prevalência de EA entre clientes obstétricas. 
 

Resumo Original:

Objectives: The risk of an adverse event (AE) in obstetric clients receiving care in hospitals is greater than the risk of dying in aviation, road traffic accidents, and breast cancer. There is little understanding of AEs with respect to their causes at hospitals. The study aimed at assessing factors that are associated with the occurrence of AEs among hospitalized obstetric clients in a tertiary hospital in Ghana. Method: This was a case-control study of 650 obstetric clients (equal number in both arms) who were admitted between January 1 and December 31, 2015, at the study site. A retrospective review of the clients’ medical records was randomly allocated into both arms of the study. Descriptive and inferential statistics including confirmatory factor analysis were performed. Models were evaluated for goodness-of-fit measures. The reliability and validity of the scale were also tested using Cronbach α coefficient. Results: The mean gestational age of the clients was 37.4 ± 4.9 weeks. Leadership and governance (inadequate use of protocol and adherence) accounted for the most cause of AEs among obstetric clients. The overall Kaiser-Meyer-Olkin score was also 0.87. The scale also demonstrated high reliability (Cronbach α = 0.995; composite reliability > 0.7) and validity (average variance extraction > 0.50). There was a marginal model fit (root mean square error of approximation, 0.067), and the χ2 test was statistically significant (P < 0.05). Conclusions: Inadequate use of protocol and adherence is a major cause of preventable AEs identified in this study. There is an urgent need to address this to ensure a reduction in the prevalence of AEs among obstetric clients.

Fonte:
Journal of Patient Safety ; 17(8): e890-e897; 2022. DOI: 10.1097/PTS.0000000000000904.