Incidência de intra-hospitalares eventos adversos no Estado do Rio de Janeiro, Brasil: avaliação do histórico médico do paciente

B. Pavão, A. L ; Andrade, D ; Mendes, W ; Martins, M ; Travassos, C
Título original:
Incidence of in-hospital adverse events in the State of Rio de Janeiro, Brazil: Evaluation of patient medical record
Resumo:

Objetivo: Avaliar a qualidade da informação dos prontuários de três hospitais de ensinodo Estado do Rio de Janeiro, participantes do estudo de base para a estimativa da incidênciade eventos adversos (EA). Materiale Métodos: Estudo descritivo, baseado em informações coletadas na revisão de prontuários do estudo de base. Foi aplicado escore de completitude, medido pela proporção de informação ignorada, composto pelos graus de avaliação: excelente (menor que 5%), bom (5% - 10%), regular (11% - 20%), ruim (21% - 50%) e muito ruim (mais de 50%).Foram calculados proporções e intervalos de confiança de 95%, para cada informação do prontuário. A análise foi realizada para o conjunto dos pacientes, para os três hospitais e para pacientes com e sem EA. Foram calculadas médias na análise do conjunto de variáveis e, para fins de comparação, foi realizado o teste t de Student. Foi aplicado o teste qui-quadrado e a estatística de Fisher na análise comparativa entre pacientes com e sem EA. Resultados: A qualidade dos prontuários foi considerada ruim, no conjunto dos pacientes. As variáveis que apresentaram maior proporção de ausência de informação foram: "Avaliação inicial da enfermagem"(63,9%) e "Avaliação do paciente pelo assistente social" (80%). O hospital 3 apresentou melhor qualidade dos prontuários e o hospital 1 apresentou o pior resultado. Os pacientes com EA apresentaram melhor qualidade dos prontuários do que aqueles sem EA. Conclusões: Informações indispensáveis ao cuidado apresentaram baixo registro. Ressalta-se a importância da elaboração de medidas que visem melhorias na qualidade do prontuário, que irão refletir na qualidade da assistência ao paciente.

Fonte:
Revista Brasileira de Epidemiologia ; 14(4): 651-61; 2011. DOI: 10.1590/S1415-790X2011000400012.