Objetivo: As infecções de corrente sanguínea associadas a cateter venoso central (ICS-CVC) prejudicam as crianças. Os pacotes de intervenções para inserção e manutenção reduziram significativamente as ICS-CVC, mas as infecções ainda ocorrem. O objetivo foi desenvolver rondas de prevenção de infecção (PI) à beira do leito e avaliar seu impacto nas taxas de ICS-CVC.
Métodos: Este projeto de melhoria da qualidade foi iniciado sequencialmente na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) e na unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP) de um grande hospital infantil de ensino. Rondas de PI, discussões interdisciplinares lideradas pelo epidemiologista do hospital e pelo líder de enfermagem da unidade com o enfermeiro de beira de leito, ocorreram semanalmente para pacientes com cateteres venosos centrais. As discussões incluíram estratégias para otimizar a manutenção do cateter e identificar e mitigar os riscos de infecção específicos do paciente. Preocupações e recomendações foram comunicadas ao médico. As ICS-CVC foram identificadas por vigilância prospectiva usando definições definições-padrão. A mudança nas ICS-CVC ao longo do tempo foi analisada usando gráficos de dias entre eventos (gráfico g).
Resultados: As rondas de PI incluíram 3.832 pacientes na UTIN e 1.322 pacientes na UTIP. Foram identificadas oportunidades para reduzir o acesso ao cateter e proteger o curativo contra contaminação. A média de dias entre ICS-CVC na UTIN aumentou de 41 dias para 54 dias após o início das rondas de PI. O tempo mais longo entre ICS-CVC foi de 362 dias. Na UTIP, a média de dias entre ICS-CVC aumentou de 53 para 91 dias. O tempo mais longo entre ICS-CVC foi de 398 dias.
Conclusão: As rondas de PI reduziram as ICS-CVC na UTIN e UTIP, reforçando as melhores práticas, incentivando estratégias proativas e promovendo a comunicação entre os membros da equipe de saúde.
Abstract
Objective: Central line-associated bloodstream infections (CLABSIs) harm children. Insertion and maintenance bundles have significantly reduced CLABSIs, but infections still occur. The objective was to develop bedside infection prevention (IP) rounds and evaluate their impact on CLABSI rates.
Methods: This quality improvement project was initiated sequentially in the neonatal intensive care unit (NICU) and pediatric intensive care unit (PICU) of a large academic children's hospital. IP rounds, interdisciplinary discussions led by the hospital epidemiologist and unit nursing leader with the bedside nurse, occurred weekly for patients with central lines. Discussions included strategies to optimize line maintenance and identify and mitigate patient-specific infection risks. Concerns and recommendations were communicated with the clinician. CLABSIs were identified by prospective surveillance using standard definitions. The change in CLABSIs over time was analyzed using days-between-events charts (g chart).
Results: IP rounds included 3,832 patients in the NICU and 1,322 patients in the PICU. Opportunities were identified to reduce line access and protect the dressing from contamination. The average days between CLABSIs in the NICU increased from 41 days to 54 days after IP rounds began. The longest time between CLABSIs was 362 days. In the PICU, the average days between CLABSIs increased from 53 to 91 days. The longest time between CLABSIs was 398 days.
Conclusion: IP rounds reduced CLABSIs in the NICU and PICU by reinforcing best practices, encouraging proactive strategies, and fostering communication between members of the healthcare team.