OBJETIVO: As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) representam um desafio para a segurança do paciente. Embora estudos anteriores tenham explorado o nível individual, poucos se concentraram em fatores organizacionais, tais como a infraestrutura de segurança de um hospital (indicada pelo Leapfrog Hospital Safety Score) ou a qualidade do local de trabalho (certificação Magnet). O objetivo deste estudo foi determinar se hospitais com certificação Magnet e melhor pontuação Leapfrog apresentam menos IRAS. MÉTODOS: Utilizamos análises de regressão probit ordenadas para testar associações entre a pontuação Leapfrog, a certificação Magnet e taxas de infecção padronizadas, indicando se as taxas padronizadas de infecção por Clostridium difficile (ICD) e de infecção da corrente sanguínea por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em cada hospital eram "melhores", "semelhantes" ou "piores" do que uma taxa de referência nacional baseada nas definições da National Healthcare Safety Network dos Centers for Disease Control and Prevention. RESULTADOS: Considerando os fatores de confusão, em comparação com os hospitais "A", os hospitais "B" e "C" apresentaram relações negativas significativas com ICDs (-0,16, p<0,01 e -0,14, p<0,05, respectivamente), mas não com bacteremia por MRSA. Os hospitais com certificação Magnet tiveram uma relação positiva significativa com as infecções da corrente sanguínea por MRSA (0,74, p<0,001), mas uma relação negativa significativa com ICDs (-0,21, p<0,01) em comparação com os hospitais sem acreditação Magnet. CONCLUSÕES: Os hospitais "A" apresentaram melhor desempenho nas ICDs, mas não nas infecções da corrente sanguínea por MRSA. Por outro lado, a certificação Magnet esteve associada a menos infecções por MRSA do que o esperado, mas mais ICDs. Esses resultados mistos indicam que as avaliações globais da segurança e a qualidade no local de trabalho hospitalar preveem seus níveis de IRAS de forma diferente e imperfeita, sugerindo a necessidade de medidas organizacionais mais precisas da segurança e abordagens mais detalhadas para a prevenção e redução de infecções.
OBJECTIVE: Healthcare-associated infections (HAIs) pose a challenge to patient safety. Although studies have explored individual level, few have focused on organizational factors such as a hospital's safety infrastructure (indicated by Leapfrog Hospital Safety Score) or workplace quality (Magnet recognition). The aim of the study was to determine whether Magnet and hospitals with better Leapfrog Hospital Safety Scores have fewer HAIs. METHODS: Ordered probit regression analyses tested associations between Safety Score, Magnet status, and standardized infection ratios, depicting whether a hospital had a Clostridium difficile infection (CDI) and methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) bloodstream infection standardized infection ratio that was "better," "no different," or "worse" than a National Benchmark as per Centers for Disease Control and Prevention's National Healthcare Safety Network definitions. RESULTS: Accounting for confounders, relative to "A" hospitals, "B" and "C" hospitals had significant and negative relationships with CDI (-0.16, P < 0.01, and -0.14, P < 0.05, respectively) but not MRSA bacteremia. Magnet hospitals had a significant and positive relationship with MRSA bloodstream infections (0.74, P < 0.001) but a significant negative relationship with CDI (-0.21, P < 0.01) compared with non-Magnet. CONCLUSIONS: A hospitals performed better on CDI but not MRSA bloodstream infections. In contrast, Magnet designation was associated with fewer than expected MRSA infections but more than expected CDIs. These mixed results indicate that hospital global assessments of safety and workplace quality differentially and imperfectly predict its level of HAIs, suggesting the need for more precise organizational measures of safety and more nuanced approaches to infection prevention and reduction.