CONTEXTO:
Embora as organizações de saúde tenham conseguido reduzir as taxas de lesão por pressão adquiridas no hospital (LPAH), estas ainda não foram eliminadas, o que justifica um exame mais aprofundado da questão tanto na pesquisa em enfermagem como nos serviços de saúde.
OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi descrever a incidência, os fatores de risco e a variação entre os hospitais nas taxas de LPAH ajustadas ao risco dentro de um sistema de saúde integrado na Califórnia.
MÉTODOS:
Os episódios de internação incluídos nesta coorte retrospectiva foram os de pacientes hospitalizados entre 1 de janeiro de 2013 e 30 de junho de 2015. O desfecho primário foi o desenvolvimento de uma LPAH ao longo do tempo. Os preditores incluíram fatores de risco conhecidos para LPAH, além da incorporação de uma carga de comorbidade longitudinal (Escore Pontual de Comorbidade, versão 2 [COPS2]), um escore de gravidade da doença (Escore de Fisiologia Aguda Baseada em Dados Laboratoriais, versão 2 [LAPS2]) e a Escala de Braden para a avaliação do risco de lesão por pressão.
RESULTADOS:
As análises incluíram episódios de internação com LPAH (n=1661) e sem LPAH (n=726.605). A incidência de LPAH foi de 0,57 por 1.000 pacientes-dias (IC95% 0,019-3,805) e 0,2% dos episódios de internação. Um modelo multivariado de riscos proporcionais de Cox mostrou uma razão de risco significativa (p<0,001) de mudança do percentil 25 para o 75 para: idade (RR=1,36, IC95% 1,25-1,45), maior escore COPS2 (RR=1,10; IC95% 1,04-1,16) e maior escore LAPS2 (RR=1,38; IC95% 1,28-1,50). Sexo feminino, internação no serviço de emergência por uma razão clínica e escores mais altos na escala de Braden mostraram RRs de proteção significantes (RR<1,00, p<0,001). Após o ajuste ao risco, ainda foi observada uma variação significativa entre os 35 hospitais.
DISCUSSÃO:
Os resultados levam à consideração da idade, da gravidade da doença (segundo a escala LAPS2), dos índices de comorbidade (escala COPS2) e do Escore de Braden como importantes preditores do risco de LPAH. As taxas de LPAH podem ser baixas; no entanto, devido às variações significativas entre as diferentes unidades, ainda são uma área a ser explorada através de pesquisa e de iniciativas de melhoria da qualidade.
BACKGROUND:
Although healthcare organizations have decreased hospital-acquired pressure injury (HAPI) rates, HAPIs are not eliminated, driving further examination in both nursing and health services research.
OBJECTIVE:
The objective was to describe HAPI incidence, risk factors, and risk-adjusted hospital variation within a California integrated healthcare system.
METHODS:
Inpatient episodes were included in this retrospective cohort if patients were hospitalized between January 1, 2013, and June 30, 2015. The primary outcome was development of a HAPI over time. Predictors included cited HAPI risk factors in addition to incorporation of a longitudinal comorbidity burden (Comorbidity Point Score, Version 2 [COPS2]), a severity-of-illness score (Laboratory-Based Acute Physiology Score, Version 2 [LAPS2]), and the Braden Scale for Predicting Pressure Ulcer Risk.
RESULTS:
Analyses included HAPI inpatient episodes (n = 1661) and non-HAPI episodes (n = 726,605). HAPI incidence was 0.57 per 1,000 patient days (95% CI [0.019, 3.805]) and 0.2% of episodes. A multivariate Cox proportional hazards model showed significant (p < .001) hazard ratios (HRs) for the change from the 25th to the 75th percentile for age (HR = 1.36, 95% CI [1.25, 1.45]), higher COPS2 scores (HR = 1.10, 95% CI [1.04, 1.16]), and higher LAPS2 scores (HR = 1.38, 95% CI [1.28, 1.50]). Female gender, an emergency room admission for a medical reason, and higher Braden scores showed significant protective HRs (HR < 1.00, p < .001). After risk adjustment, significant variation remained among the 35 hospitals.
DISCUSSION:
Results prompt the consideration of age, severity of illness (LAPS2), comorbidity indexes (COPS2), and the Braden score as important predictors for HAPI risk. HAPI rates may be low; however, because of significant individual site variation, HAPIs remain an area to explore through both research and quality improvement initiatives.