O papel moral da empatia clínica nos cuidados de saúde do paciente
Na área da saúde, a empatia clínica raramente é analisada sob a perspectiva de seu papel moral, mesmo na bioética. Em vez disso, a empatia é geralmente examinada a partir de seus benefícios para pacientes, profissionais de saúde e até instituições. Assim, propomos papéis morais da empatia clínica. Vale ressaltar que os papéis morais oferecidos pelos autores consistem em formulações originais de pesquisas desenvolvidas ao longo do tempo sobre empatia clínica e ética em saúde. Este é um estudo teórico cujo objetivo é criar contribuições teóricas que visem somar às escassas investigações sobre as articulações entre empatia clínica e moralidade na área da saúde. A empatia clínica não deve ser o único construto moral dentro da ética em saúde, pois é limitada e não leva em conta a complexidade do fenômeno moral. No entanto, considerando que o modelo assistencial atual preconiza a centralidade e a participação dos pacientes e o respeito a eles como sujeitos de direitos, conclui-se que a empatia clínica é um construto moral inegociável para implementar o modelo contemporâneo de cuidados.
In healthcare, clinical empathy is rarely analyzed from the perspective of its moral role, even within bioethics. Instead, empathy is usually examined from its benefits to patients, health professionals, and even institutions. we propose moral roles of clinical empathy. It is noteworthy that the moral roles offered by the authors consist of original formulations from research developed over time in clinical empathy and ethics in healthcare. This is a theoretical study whose goal is to create theoretical contributions that aim to add to the scarce investigations on the articulations between clinical empathy and morality in healthcare. Clinical empathy should not be the only moral construct within health care ethics, as it is limited and does not account for the complexity of the moral phenomenon. Yet, considering that the current care model advocates patient centrality and participation and patient respect as subjects of rights, it is concluded that clinical empathy is a non-negotiable moral construct to implement the contemporary model of care.