O potencial da inteligência artificial para transformar o cuidado de saúde: perspectivas de líderes de saúde internacionais
A inteligência artificial (IA) tem o potencial de transformar a prestação do cuidado, melhorando os resultados de saúde, a segurança do paciente e o acesso a um cuidado de alta qualidade. A IA será crucial para a construção de uma infraestrutura capaz de atender a uma população cada vez mais envelhecida, utilizando nossos conhecimentos crescentes sobre as doenças e opções para tratamentos de precisão e combatendo a escassez e o esgotamento de profissionais médicos. No entanto, atualmente não estamos no caminho certo para alcançar esse futuro. Isto se deve, em parte, ao fato de que os dados de saúde necessários para treinar, testar, usar e monitorar essas ferramentas tendem a não ser padronizados nem acessíveis. Também existe uma preocupação universal sobre a capacidade de monitorar as ferramentas de IA na saúde, verificando mudanças em seu desempenho ao serem implementadas em novos locais, utilizadas em populações variadas e considerando as mudanças nos dados de saúde ao longo do tempo. A Future of Health (FOH), uma comunidade internacional de líderes do cuidado de saúde, colaborou com o Duke-Margolis Institute for Health Policy para realizar uma revisão da literatura, uma reunião de especialistas e um exercício de formação de consenso em torno deste tópico. Este artigo resume as quatro áreas de ação prioritárias e recomendações para organizações de saúde e formuladores de políticas de todo o mundo, identificadas pelos membros da FOH como importantes para alcançar plenamente o potencial da IA no cuidado de saúde: melhorar a qualidade dos dados para alimentar a IA, construir uma infraestrutura para incentivar o desenvolvimento e avaliações eficientes e confiáveis, compartilhar dados para uma melhor IA e criar incentivos para acelerar o progresso e o impacto da IA.
Artificial intelligence (AI) has the potential to transform care delivery by improving health outcomes, patient safety, and the affordability and accessibility of high-quality care. AI will be critical to building an infrastructure capable of caring for an increasingly aging population, utilizing an ever-increasing knowledge of disease and options for precision treatments, and combatting workforce shortages and burnout of medical professionals. However, we are not currently on track to create this future. This is in part because the health data needed to train, test, use, and surveil these tools are generally neither standardized nor accessible. There is also universal concern about the ability to monitor health AI tools for changes in performance as they are implemented in new places, used with diverse populations, and over time as health data may change. The Future of Health (FOH), an international community of senior health care leaders, collaborated with the Duke-Margolis Institute for Health Policy to conduct a literature review, expert convening, and consensus-building exercise around this topic. This commentary summarizes the four priority action areas and recommendations for health care organizations and policymakers across the globe that FOH members identified as important for fully realizing AI's potential in health care: improving data quality to power AI, building infrastructure to encourage efficient and trustworthy development and evaluations, sharing data for better AI, and providing incentives to accelerate the progress and impact of AI.