O que aprendemos sobre intervenções para reduzir os erros nos cuidados de saúde?

Os erros no cuidado de saúde e os eventos adversos são atualmente reconhecidos como importantes ameaças para a saúde individual e pública em todo o mundo. Esta revisão apresenta uma perspectiva ampla sobre as principais estratégias consideradas eficazes, estabelecidas ou promissoras na redução de erros no cuidado de saúde e dos danos por eles causados. As iniciativas para melhorar a segurança podem ser conceitualizadas como uma "cebola de segurança", com várias camadas de proteção cada vez mais afastadas do paciente. Entre as intervenções discutidas estão as que são aplicadas no nível do paciente (engajamento do paciente no tratamento e informação apropriada), do profissional (educação, trabalho em equipe e listas de verificação), do local de trabalho (mudanças na cultura e no local de trabalho) e do sistema (tecnologia da informação e sistema de notificação de incidentes). Entre as intervenções promissoras estão as funções forçadas, sistemas computadorizados de preenchimento de prescrições com suporte de decisão, listas de verificação, sistemas padronizados de passagem de casos e treinamento com uso de simulações. Muitas das intervenções descritas ainda carecem de evidências fortes sobre seus benefícios, mas isto não deveria retardar sua implementação. Pelo contrário, deveria incentivar a inovação acompanhada de avaliação e publicação, de modo que os resultados sejam compartilhados.

Medical errors and adverse events are now recognized as major threats to both individual and public health worldwide. This review provides a broad perspective on major effective, established, or promising strategies to reduce medical errors and harm. Initiatives to improve safety can be conceptualized as a "safety onion" with layers of protection, depending on their degree of remove from the patient. Interventions discussed include those applied at the levels of the patient (patient engagement and disclosure), the caregiver (education, teamwork, and checklists), the local workplace (culture and workplace changes), and the system (information technology and incident reporting systems). Promising interventions include forcing functions, computerized prescriber order entry with decision support, checklists, standardized handoffs and simulation training. Many of the interventions described still lack strong evidence of benefit, but this should not hold back implementation. Rather, it should spur innovation accompanied by evaluation and publication to share the results.