Organização baseada em evidências e estratégias de segurança do paciente em hospitais europeus

SUNOL, R.
WAGNER, C.
ARAH, O. A.
SHAW, C. D.
KRISTENSEN, S.
THOMPSON, C. A.
DERSARKISSIAN, M.
BARTELS, P. D.
PFAFF, H.
SECANELL, M.
MORA, N.
VLCEK, F.
KUTAJ-WASIKOWSKA, H.
KUTRYBA, B.
MICHEL, P.
GROENE, O.
Autor institucional
DUQuE Project Consortium
Título original
Evidence-based organization and patient safety strategies in European hospitals
Resumo

Objetivo: Investigar como certos hospitais europeus implementaram recomendações sobre estratégias de segurança do paciente (ESP) e sobre a organização de itinerários clínicos baseada em evidências (OIBE) e examinar a variação nos processos de implementação entre os diferentes países e hospitais.

Desenho: Estudo transversal em múltiplos níveis e de métodos mistos realizado em sete países como parte do projeto Deepening our Understanding of Quality Improvement in Europe (DUQuE), financiado pela União Europeia.

Ambiente e Participantes: Participaram do estudo 74 hospitais de cuidado agudo com 292 setores hospitalares que tratam  as seguintes condições clínicas: infarto agudo do miocárdio (IAM), fratura de quadril, acidente vascular encefálico (AVE) e parto.

Principais Medidas de Desfecho: Cinco medidas compostas por múltiplos itens, das quais uma era uma medida genérica para ESP e quatro eram medidas da OIBE específicas para cada itinerário.

Resultados: O cloreto de potássio só havia sido removido dos estoques gerais de medicamentos de 9,4 a 30,5% das enfermarias nos diferentes itinerários, e os pacientes estavam adequadamente identificados com pulseiras em 43,0 a 59,7%. Embora 86,3% das áreas que trataram pacientes com IAM tivessem acesso imediato a um médico especialista, somente 56,0% tinham a capacidade de oferecer trombólise em até 30 minutos após a chegada do paciente ao hospital. Uma parte considerável da variação total observada deveu-se a diferenças entre hospitais de um mesmo país para as ESP (65,9%). No caso da OIBE, as diferenças entre países também foram importantes (10,1% para IAM e 57,1% para fratura de quadril).

Conclusões: Existem disparidades consideráveis entre as evidências e a prática para as ESP e a OIBE numa amostra de hospitais europeus. As variações devido a diferenças entre países são mais importantes no caso da OIBE em comparação a ESP, mas são menos importantes do que as variações existentes no interior de um mesmo país. As agências que apoiam a implementação de ESP e da OIBE devem reexaminar cuidadosamente a efetividade de suas estratégias atuais.

Palavras-Chave: cuidado de saúde apropriado; efetividade; cuidado hospitalar; segurança do paciente; variações na prática; melhoria da qualidade; gestão da qualidade

Resumo original

Objective: To explore how European hospitals have implemented patient safety strategies (PSS) and evidence-based organization of care pathway (EBOP) recommendations and examine the extent to which implementation varies between countries and hospitals.

Design: Mixed-method multilevel cross-sectional design in seven countries as part of the European Union-funded project 'Deepening our Understanding of Quality improvement in Europe' (DUQuE).

Setting and Participants: Seventy-four acute care hospitals with 292 departments managing acute myocardial infarction (AMI), hip fracture, stroke, and obstetric deliveries. Main outcome measure Five multi-item composite measures-one generic measure for PSS and four pathway-specific measures for EBOP.

Results: Potassium chloride had only been removed from general medication stocks in 9.4-30.5% of different pathways wards and patients were adequately identified with wristband in 43.0-59.7%. Although 86.3% of areas treating AMI patients had immediate access to a specialist physician, only 56.0% had arrangements for patients to receive thrombolysis within 30 min of arrival at the hospital. A substantial amount of the total variance observed was due to between-hospital differences in the same country for PSS (65.9%). In EBOP, between-country differences play also an important role (10.1% in AMI to 57.1% in hip fracture).

Conclusions: There were substantial gaps between evidence and practice of PSS and EBOP in a sample of European hospitals and variations due to country differences are more important in EBOP than in PSS, but less important than within-country variations. Agencies supporting the implementation of PSS and EBOP should closely re-examine the effectiveness of their current strategies.

Keywords: appropriate healthcare; effectiveness; hospital care; patient safety; practice variations; quality improvement; quality management

Revista
International Journal for Quality in Health Care : Journal of the International Society for Quality in Health Care / ISQua.
Data de publicação
Volume
26
Fascículo
suppl 1
doi
10.1093/intqhc/mzu016