Contexto: O interesse da comunidade global em melhorar as experiências das mulheres no parto levou a intervenções como o parto em maternidades e o uso de parteiras qualificadas. No entanto, continuam a existir relatos de baixo uso de maternidades e de parteiras qualificadas na literatura devido aos cuidados desrespeitosos e abusivos direcionados às mulheres durante o parto. A presente revisão sistemática analisou a questão “Qual é a compreensão e a justificativa para o desrespeito e o abuso direcionados às mulheres por profissionais de saúde durante o parto ou o cuidado intraparto?”. Métodos: A busca eletrônica foi realizada de janeiro de 2000 a janeiro de 2021 nas bases de dados CINAHL, OVID, PUBMED, PSYINFO. Os estudos coletados foram então filtrados por meio de rigorosos critérios de inclusão e exclusão. Treze estudos foram incluídos nesta revisão, extraídos e sintetizados usando o método de síntese temática de Thomas e Harden (2008). Resultados: Foram identificados três temas principais: fatores relacionados aos prestadores de cuidados, fatores relacionados às mulheres, fatores relacionados ao sistema de saúde. Os subtemas incluíram classificação e descrição, autoridade e controle, reciprocidade, atitude dos prestadores, racionalização, desigualdades socioeconômicas, falta de assertividade e recursos inadequados. Conclusão: O estudo demonstrou que os profissionais de saúde (PS) estavam cientes e compreendiam as diversas formas de cuidado desrespeitoso e abusivo (CDA). No entanto, eles forneceram justificativas, tais como um ato de salvar a vida da mãe e do bebê, falta de assertividade das mulheres em trabalho de parto e recursos de trabalho inadequados para suas ações. Isto destaca a necessidade de várias partes interessadas envolvidas no cuidado durante o parto de reativar os compromissos com os padrões internacionais sobre cuidados de maternidade respeitosos e de segurança do paciente, tais como o treinamento de pessoal e a educação das mulheres sobre o processo de parto e nascimento.
Background: The interest of the global community in improving women's experiences with childbirth has led to interventions such as facility-based childbirth and the use of skilled birth attendants. However, reports of low facility and skilled birth attendants use continue to exist in literature because of disrespectful and abusive care directed at women during childbirth. The present systematic review examined the question “What are the understanding and justification for disrespect and abuse directed at women by Health ProfessionaParto els during childbirth or intrapartum care?” Methods: Electronic search was conducted from January 2000 to January 2021 across CINAHL, OVID, PUBMED, PSYINFO databases. The retrieved studies were then filtered through a stringent inclusion and exclusion criteria. Thirteen studies were included in this review; extracted and synthesized using Thomas and Harden's (2008) thematic synthesis method. Results: Three key themes were identified- providers related factors, women related factors, health system related factors. Sub-themes included classification and description, authority and control, reciprocity, providers attitude, rationalization, socio-economic inequalities, lack of assertiveness and inadequate resources. Conclusion: The study demonstrated that HPs were aware and understood the various forms of D&AC. However, they provided justifications such as an act to save mother and baby's life, lack of assertiveness from labouring women and inadequate work resources for their actions. This highlights the need for various stakeholders involved in care during childbirth to reignite commitments to international standards on respectful maternity care and patient safety, such as training of staff and education of women on the process of labour and birth.