Percepções e necessidades de inteligência artificial em cuidados de saúde para aumentar sua adoção: revisão do escopo

Han Shi Jocelyn Chew ; Palakorn Achananuparp
Título original:
Perceptions and Needs of Artificial Intelligence in Health Care to Increase Adoption: Scoping Review
Resumo:

Contexto: A inteligência artificial (IA) tem o potencial de melhorar a eficiência e a efetividade da prestação de cuidados de saúde. No entanto, as percepções e necessidades de tais sistemas permanecem evasivas, dificultando os esforços para promover a adoção da IA nos cuidados de saúde. Objetivo: Este estudo tem por objetivo fornecer uma visão geral das percepções e necessidades da IA a fim de aumentar sua adoção nos cuidados de saúde. Métodos: Uma revisão sistemática do escopo foi conduzida de acordo com o modelo conceitual de cinco etapas de Arksey e O’Malley. Os artigos que descreviam as percepções e necessidades da IA em saúde foram pesquisados em nove bases de dados: ACM Library, CINAHL, Cochrane Central, Embase, IEEE Xplore, PsycINFO, PubMed, Scopus e Web of Science para estudos publicados desde o início até 21 de junho de 2021. Foram omitidos artigos que não eram específicos para IA, nem estudos de pesquisa, nem escritos em inglês. Resultados: Dos 3.666 artigos recuperados, 26 (0,71%) foram elegíveis e incluídos nesta revisão. A média de idade dos participantes variou de 30 a 72,6 anos, a proporção de homens variou de 0% a 73,4% e o tamanho das amostras para estudos primários variou de 11 a 2.780. As percepções e necessidades de várias populações sobre o uso de IA foram identificadas para cuidados de saúde gerais, primários e comunitários; autogestão e autodiagnóstico de doenças crônicas; saúde mental; e procedimentos diagnósticos. O uso de IA foi percebido como positivo devido à sua disponibilidade, facilidade de uso, potencial para melhorar a eficiência e reduzir o custo da prestação de serviços de saúde. No entanto, foram suscitadas preocupações quanto à falta de confiança na privacidade dos dados, segurança do paciente, maturidade tecnológica e possibilidade de automação total. Foram destacadas algumas sugestões para melhorar a adoção da IA nos cuidados de saúde, como: melhorar a personalização e a customização; melhorar a empatia e a personificação de chatbots e avatares habilitados por IA; melhorar a experiência do usuário, o desenho e a interconexão com outros dispositivos; e educar o público sobre os recursos da IA. Várias estratégias de mitigação correlacionadas também foram identificadas neste estudo. Conclusões: As percepções e necessidades da IA em seu uso no cuidado da saúde são cruciais para melhorar sua adoção por várias partes interessadas. Estudos e implementações futuras devem considerar os pontos destacados neste estudo para melhorar a aceitabilidade e a adoção da IA no cuidado de saúde. Isso facilitaria um aumento na efetividade e na eficiência da prestação de serviços de saúde para melhorar os resultados e a satisfação dos pacientes. 
Contexto: A inteligência artificial (IA) tem o potencial de melhorar a eficiência e a efetividade da prestação de cuidados de saúde. No entanto, as percepções e necessidades de tais sistemas permanecem evasivas, dificultando os esforços para promover a adoção da IA nos cuidados de saúde. Objetivo: Este estudo tem por objetivo fornecer uma visão geral das percepções e necessidades da IA a fim de aumentar sua adoção nos cuidados de saúde. Métodos: Uma revisão sistemática do escopo foi conduzida de acordo com o modelo conceitual de cinco etapas de Arksey e O’Malley. Os artigos que descreviam as percepções e necessidades da IA em saúde foram pesquisados em nove bases de dados: ACM Library, CINAHL, Cochrane Central, Embase, IEEE Xplore, PsycINFO, PubMed, Scopus e Web of Science para estudos publicados desde o início até 21 de junho de 2021. Foram omitidos artigos que não eram específicos para IA, nem estudos de pesquisa, nem escritos em inglês. Resultados: Dos 3.666 artigos recuperados, 26 (0,71%) foram elegíveis e incluídos nesta revisão. A média de idade dos participantes variou de 30 a 72,6 anos, a proporção de homens variou de 0% a 73,4% e o tamanho das amostras para estudos primários variou de 11 a 2.780. As percepções e necessidades de várias populações sobre o uso de IA foram identificadas para cuidados de saúde gerais, primários e comunitários; autogestão e autodiagnóstico de doenças crônicas; saúde mental; e procedimentos diagnósticos. O uso de IA foi percebido como positivo devido à sua disponibilidade, facilidade de uso, potencial para melhorar a eficiência e reduzir o custo da prestação de serviços de saúde. No entanto, foram suscitadas preocupações quanto à falta de confiança na privacidade dos dados, segurança do paciente, maturidade tecnológica e possibilidade de automação total. Foram destacadas algumas sugestões para melhorar a adoção da IA nos cuidados de saúde, como: melhorar a personalização e a customização; melhorar a empatia e a personificação de chatbots e avatares habilitados por IA; melhorar a experiência do usuário, o desenho e a interconexão com outros dispositivos; e educar o público sobre os recursos da IA. Várias estratégias de mitigação correlacionadas também foram identificadas neste estudo. Conclusões: As percepções e necessidades da IA em seu uso no cuidado da saúde são cruciais para melhorar sua adoção por várias partes interessadas. Estudos e implementações futuras devem considerar os pontos destacados neste estudo para melhorar a aceitabilidade e a adoção da IA no cuidado de saúde. Isso facilitaria um aumento na efetividade e na eficiência da prestação de serviços de saúde para melhorar os resultados e a satisfação dos pacientes. 
 

Resumo Original:

Background: Artificial intelligence (AI) has the potential to improve the efficiency and effectiveness of health care service delivery. However, the perceptions and needs of such systems remain elusive, hindering efforts to promote AI adoption in health care. Objective: This study aims to provide an overview of the perceptions and needs of AI to increase its adoption in health care. Methods: A systematic scoping review was conducted according to the 5-stage framework by Arksey and O’Malley. Articles that described the perceptions and needs of AI in health care were searched across nine databases: ACM Library, CINAHL, Cochrane Central, Embase, IEEE Xplore, PsycINFO, PubMed, Scopus, and Web of Science for studies that were published from inception until June 21, 2021. Articles that were not specific to AI, not research studies, and not written in English were omitted. Results: Of the 3666 articles retrieved, 26 (0.71%) were eligible and included in this review. The mean age of the participants ranged from 30 to 72.6 years, the proportion of men ranged from 0% to 73.4%, and the sample sizes for primary studies ranged from 11 to 2780. The perceptions and needs of various populations in the use of AI were identified for general, primary, and community health care; chronic diseases self-management and self-diagnosis; mental health; and diagnostic procedures. The use of AI was perceived to be positive because of its availability, ease of use, and potential to improve efficiency and reduce the cost of health care service delivery. However, concerns were raised regarding the lack of trust in data privacy, patient safety, technological maturity, and the possibility of full automation. Suggestions for improving the adoption of AI in health care were highlighted: enhancing personalization and customizability; enhancing empathy and personification of AI-enabled chatbots and avatars; enhancing user experience, design, and interconnectedness with other devices; and educating the public on AI capabilities. Several corresponding mitigation strategies were also identified in this study. Conclusions: The perceptions and needs of AI in its use in health care are crucial in improving its adoption by various stakeholders. Future studies and implementations should consider the points highlighted in this study to enhance the acceptability and adoption of AI in health care. This would facilitate an increase in the effectiveness and efficiency of health care service delivery to improve patient outcomes and satisfaction. 

Fonte:
Journal of Medical Internet Research ; 24(1): e32939; 2022. DOI: 10.2196/32939..