Perspectivas de profissionais e pacientes sobre erros diagnósticos em ambientes de cuidado agudo

Kumiko O Schnock ; Alison Garber ; Hannah Fraser ; Martha Carnie ; Jeffrey L Schnipper ; Anuj K Dalal ; David W Bates
Título original:
Providers' and Patients' Perspectives on Diagnostic Errors in the Acute Care Setting
Resumo:

BACKGROUND: Diagnostic errors (DEs) have been studied extensively in ambulatory care, but less work has been done in the acute care setting. In this study, the authors examined health care providers' and patients' perspectives about the classification of DEs, the main causes and scope of DEs in acute care, the main gaps in current systems, and the need for innovative solutions. METHODS: A qualitative mixed methods study was conducted, including semistructured interviews with health care providers and focus groups with patient advisors. Using grounded theory approach, thematic categories were derived from the interviews and focus groups. RESULTS: The research team conducted interviews with 17 providers and two focus groups with seven patient advisors. Both providers and patient advisors struggled to define and describe DEs in acute care settings. Although participants agreed that DEs pose a significant risk to patient safety, their perception of the frequency of DEs was mixed. Most participants identified communication failures, lack of comfort with diagnostic uncertainty, incorrect clinical evaluation, and cognitive load as key causes of DEs. Most respondents believed that non-information technology (IT) tools and processes (for example, communication improvement strategies) could significantly reduce DEs. CONCLUSION: The study findings represent an important supplement to our understanding of DEs in acute care settings and the advancement of a culture of patient safety in the context of patient-centered care and patient engagement. Health care organizations should consider the key factors identified in this study when trying to create a culture that engages clinicians and patients in reducing DEs.
 

Resumo Original:

CONTEXTO: Os erros diagnósticos (EDs) foram amplamente estudados no cuidado ambulatorial, mas foram feitos menos estudos em ambientes de cuidado agudo. Neste estudo, examinamos as perspectivas de profissionais da saúde e pacientes sobre a classificação dos EDs, suas principais causas e escopo em ambientes de cuidado agudo, as principais lacunas nos sistemas atuais e a necessidade de soluções inovadoras. MÉTODOS: Realizamos um estudo qualitativo de métodos mistos, baseado em entrevistas semiestruturadas com profissionais da saúde e grupos focais com orientadores de pacientes. Usando a abordagem da teoria fundamentada, derivamos categorias temáticas a partir das entrevistas e grupos focais. RESULTADOS: A equipe de pesquisa conduziu entrevistas com 17 profissionais e dois grupos focais com 7 orientadores de pacientes. Tanto os profissionais quanto os orientadores tiveram dificuldades para definir e descrever os EDs em ambientes de cuidado agudo. Embora os participantes tenham concordado que os EDs representam um risco significativo para a segurança do paciente, suas percepções sobre a frequência de ocorrência de EDs foram mistas. A maioria dos participantes identificou falhas de comunicação, desconforto com a incerteza diagnóstica, avaliação clínica incorreta e uma alta carga cognitiva como as principais causas dos EDs. A maioria dos entrevistados acredita que ferramentas e processos não tecnológicos (por exemplo, estratégias para melhorar a comunicação) poderiam reduzir significativamente a ocorrência de EDs. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo representam uma importante contribuição para nossa compreensão sobre os EDs em ambientes de cuidado agudo e para a promoção de uma cultura de segurança do paciente, no contexto de um cuidado centrado no paciente e com maior envolvimento do paciente. As organizações de saúde devem considerar os fatores-chave identificados neste estudo em suas iniciativas para criar uma cultura que envolva os profissionais clínicos e pacientes na redução dos EDs.
 

Fonte:
Jt Comm J Qual Patient Saf . ; 49(2): 89-97; 2023. DOI: 10.1016/j.jcjq.2022.11.009.