Preservar a resiliência organizacional, a segurança do paciente e a retenção de profissionais durante a pandemia de COVID-19 requer uma consideração holística da segurança psicológica dos profissionais da saúde

Pavani Rangachari ;  Jacquelynn L Woods
Título original:
Preserving Organizational Resilience, Patient Safety, and Staff Retention during COVID-19 Requires a Holistic Consideration of the Psychological Safety of Healthcare Workers
Resumo:

Resumo
Durante a pandemia de COVID-19, os profissionais da saúde estão combatendo um vírus letal enquanto sofrem com a escassez aguda de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Estas circunstâncias sem precedentes ampliaram as fontes de estresse emocional e esgotamento profissional. No entanto, muitas organizações de saúde dos Estados Unidos optaram por uma “abordagem estoica” no apoio aos profissionais da saúde, isto é, não oferecem nenhum apoio adicional além das proteções previstas nas políticas federais e estaduais para o licenciamento e a responsabilização judicial dos profissionais da saúde. Neste cenário, uma preocupação fundamental para a saúde pública consiste em sustentar uma força de trabalho adequada, tanto em termos quantitativos (números adequados) como qualitativos (maximizando a resiliência dos profissionais para prestar um cuidado seguro a um grande volume de pacientes em condições difíceis). Por isso, é essencial que os líderes de organizações de saúde reconheçam que uma visão limitada da segurança psicológica dos profissionais, sem a devida consideração pelo sofrimento emocional gerado pela pandemia, pode ter o efeito de reduzir a resiliência organizacional e afetar negativamente a segurança do paciente e a retenção de pessoal durante e após a pandemia. Este artigo utiliza como referencial as bases conceituais de resiliência organizacional para discutir o impacto que a abordagem estoica no apoio aos profissionais da saúde pode ter sobre a segurança do paciente e a retenção de pessoal em uma unidade de terapia intensiva (UTI) durante a pandemia de COVID-19. A discussão, por sua vez, auxilia o desenvolvimento de recomendações para que as organizações de saúde possam superar estes desafios.
 

Resumo Original:

Abstract
During the COVID-19 pandemic, healthcare workers are fighting a lethal virus with acute shortages of Personal Protective Equipment (PPE). These unprecedented circumstances have amplified the sources of emotional distress and worker burnout. However, many healthcare organizations (HCOs) in the United States, have opted for a "stoic approach" to healthcare worker support, i.e., no additional support beyond federal and state policy protections for the licensing and liability of healthcare workers. In this scenario, a key public health concern is sustaining an adequate healthcare workforce, both by way of quantity (adequate numbers) and quality (maximizing clinician resilience to provide safe care to large volumes of patients under challenging conditions). Therefore, it is imperative for HCO leaders to recognize that a limited view of worker psychological safety, without due consideration for the broader emotional distress created by the pandemic, could have the effect of restricting organizational resilience and adversely impacting patient safety and staff retention during and beyond the pandemic. This paper uses the organizational resilience framework to discuss the potential impact of a stoic approach to healthcare worker support on patient safety and staff retention in a hospital intensive care unit (ICU) during COVID-19. The discussion in turn, helps to develop recommendations for HCOs to overcome these challenges.
 

Fonte:
Int J Environ Res Public Health ; 17(12): 4267; 2020. DOI: 10.3390/ijerph17124267.