OBJETIVO: Avaliar o desvio de uma estrutura padronizada de procedimentos de pausa cirúrgica em um hospital de referência multidisciplinar. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada uma auditoria de processo observacional em uma amostra de conveniência de casos cirúrgicos. Um observador avaliou os procedimentos de pausa cirúrgica em tempo real. As listas de verificação de pré-indução e recuperação não foram avaliadas. As observações foram registradas em formulários de relatório padronizados, incluindo uma lista de verificação e texto livre. A análise foi realizada usando uma estrutura validada de quatro domínios conceituais: o propósito, a ocasião, o público e o conteúdo da comunicação. Foram feitas anotações de campo para permitir a verificação retrospectiva das avaliações. As observações foram comparadas a uma estrutura padronizada predefinida de procedimento da pausa cirúrgica. RESULTADOS: Vinte procedimentos de pausa cirúrgica foram observados a partir de uma mistura de tipos de procedimentos. Embora todos tenham sido realizados no horário e local especificados, apenas oito (40%) foram considerados como tendo atingido plenamente seu objetivo, com seções potencialmente importantes da comunicação sendo omitidas nos outros. Os indivíduos não estavam prontos para o início da comunicação em 14 (70%) e ocorreram distrações em 11 procedimentos de pausa cirúrgica (55%). Em sete procedimentos de pausa cirúrgica (35%), foram comunicadas informações supérfluas. SIGNIFICÂNCIA CLÍNICA: Em um ambiente movimentado de centro cirúrgico, os procedimentos de pausa cirúrgica podem não ser realizados como pretendido. A comunicação durante os procedimentos de pausa cirúrgica deve ser auditada para destacar as oportunidades de melhoria.
OBJECTIVE: To assess deviation from a standardised structure of surgical time-out procedures in a multidisciplinary referral hospital. MATERIALS AND METHODS: An observational process audit was performed on a convenience sample of surgical cases. A fly-on-the-wall observer assessed surgical time-out procedures in real-time. Pre-induction and recovery checklists were not assessed. Observations were recorded on standardised reporting forms including a checklist and free text. Analysis was performed using a validated framework of four conceptual domains: the purpose, occasion, audience and content of the communication. Field notes were taken to allow retrospective verification of assessments. Observations were compared to a predefined standardised surgical time-out procedure structure. RESULTS: Twenty surgical time-out procedures were observed from a mixture of procedure types. Although all were performed at the specified time and place, only eight (40%) were considered to have fully achieved their purpose with potentially important sections of the communication being omitted in the others. Individuals were not ready for communication to begin in 14 (70%) and distractions occurred in 11 surgical time-out procedures (55%). In seven surgical time-out procedures (35%) superfluous information was communicated. CLINICAL SIGNIFICANCE: In a busy operating theatre environment, surgical time-out procedures may not be performed as they are intended. Communication during surgical time-out procedures should be audited to highlight opportunities for improvement.