Introdução
Em 22 de janeiro de 2020, foi ativado o Centro de Operações de Emergências
em Saúde Pública para o novo Coronavírus (COE – nCoV), estratégia prevista no
Plano Nacional de Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da
Saúde.
O novo Coronavírus (2019-nCoV) é um vírus identificado como a causa de um
surto de doença respiratória detectado pela primeira vez em Wuhan, China.
Desde 2005, o Sistema Único de Saúde (SUS) está aprimorando suas capacidades
de responder às emergências por síndromes respiratórias, dispondo de planos,
protocolos, procedimentos e guias para identificação, monitoramento e resposta
às emergências em saúde pública.
Diante da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) por
doença respiratória, causada pelo novo coronavírus (2019-nCoV) e considerando-
-se as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), as equipes de
vigilância dos estados e municípios, bem como quaisquer serviços de saúde, devem
ficar alertas aos casos de pessoas com sintomatologia respiratória e que apresentam
histórico de viagens para áreas de transmissão local nos últimos 14 dias.
A vigilância epidemiológica de infecção humana pelo 2019-nCoV está sendo construída
à medida que a OMS consolida as informações recebidas dos países e
novas evidências técnicas e científicas são publicadas. Deste modo, o documento
apresentado está sendo estruturado com base nas ações já existentes para notificação,
registro, investigação, manejo e adoção de medidas preventivas, em analogia
ao conhecimento acumulado sobre o SARS-CoV, MERS-CoV e 2019-nCoV, que
nunca ocorreram no Brasil, além de Planos de Vigilância de Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Gripal (SG).
Como toda normatização, este Protocolo está sujeito a ajustes decorrentes da sua
utilização prática e das modificações do cenário epidemiológico. Ressalta-se que
ele se aplica ao cenário epidemiológico brasileiro na atual fase, de acordo com as
orientações da OMS.
Os estados e municípios possuem planos de preparação para pandemia de influenza
e síndromes respiratórias. A maior parte dos procedimentos recomendados
estão previstos no capítulo de influenza do Guia de Vigilância Epidemiológica,
além de manuais e planos elaborados para preparação e resposta durante os
eventos de massa. Antes de se considerar a possibilidade de ser um caso suspeito
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de Coronavírus, recomenda-se descartar as doenças respiratórias mais comuns e
adotar o protocolo de tratamento de influenza oportunamente para evitar casos
graves e óbitos por doenças respiratórias conhecidas, quando indicado.
Portanto, o SUS possui capacidade e experiência na resposta. Este documento visa
ajustar algumas recomendações ao contexto específico desta emergência atual,
com base nas informações disponibilizadas pela OMS diariamente e todo procedimento
está suscetível às alterações necessárias.
Objetivos
geral
Orientar a Rede de Serviços de Atenção à Saúde do SUS para atuação na identificação,
notificação e manejo oportuno de casos suspeitos de Infecção Humana
pelo Novo Coronavírus de modo a mitigar os riscos de transmissão sustentada
no território nacional.
específicos
• Atualizar os serviços de saúde com base nas evidências técnicas e científicas
nacionais e/ou internacionais;
• Evitar transmissão do vírus para profissionais de saúde e contatos próximos;
• Evitar que os casos confirmados evoluam para o óbito, por meio de suporte
clínico;
• Orientar sobre a conduta frente aos contatos próximos;
• Acompanhar a tendência da morbidade e da mortalidade associadas à doença;
• Produzir e disseminar informações epidemiológicas.
Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus (2019-nCoV)
Autor institucional
Ministério da Saúde
Secretaria de Atenção Especializada à Saúde
Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência
Título original
Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus (2019-nCoV)
Resumo original
Data de publicação