Reconciliação medicamentosa durante as transições de cuidado como uma estratégia de segurançado paciente: uma revisão sistemática
A reconciliação medicamentosa identifica e resolve as discrepâncias não intencionais nas listas de medicamentos usados por pacientes durante as transições de cuidado. O objetivo desta revisão foi resumir as evidências sobre a efetividade das intervenções hospitalares de reconciliação medicamentosa. A pesquisa foi feita nos bancos de dados MEDLINE (até novembro de 2012), EMBASE e Cochrane Central Register of Controlled Trials (até julho de 2012). Os estudos elegíveis foram aqueles que avaliaram os efeitos da reconciliação medicamentosa realizada no hospital sobre as discrepâncias não intencionais com risco de danos não triviais aos pacientes e sobre as visitas ao serviço de emergência e as reinternações até 30 dias após a alta. Dois revisores avaliaram a elegibilidade dos estudos, extraíram os dados e examinaram sua qualidade.
No total, 18 estudos, que avaliaram 20 intervenções, cumpriram os critérios de seleção. A reconciliação medicamentosa foi feita por farmacêuticos em 17 das 20 intervenções. A maior parte das discrepâncias não intencionais identificadas na revisão não teve relevância clínica. A reconciliação medicamentosa isolada provavelmente não reduz a utilização hospitalar após a alta, mas pode fazê-lo quando combinada com outras intervenções destinadas a melhorar as transições de cuidado.
Pontos principais:
- A reconciliação medicamentosa é amplamente recomendada como uma forma de evitar discrepâncias não intencionais nos medicamentos usados por pacientes nas transições de cuidado;
- As discrepâncias não intencionais clinicamente significativas afetam poucos pacientes;
- A reconciliação medicamentosa isolada provavelmente não reduz a utilização hospitalar nos primeiros 30 dias após a alta, mas pode fazê-lo quando associada a outras intervenções que melhoram a coordenação durante a alta hospitalar;
- Os farmacêuticos têm um papel importante na maioria das intervenções bem-sucedidas;
- Os critérios geralmente utilizados para selecionar os pacientes de alto risco não melhoram os efeitos da reconciliação medicamentosa de forma consistente.
Medication reconciliation identifies and resolves unintentional discrepancies between patients' medication lists across transitions in care. The purpose of this review is to summarize evidence about the effectiveness of hospital-based medication reconciliation interventions. Searches encompassed MEDLINE through November 2012 and EMBASE and the Cochrane Central Register of Controlled Trials through July 2012. Eligible studies evaluated the effects of hospital-based medication reconciliation on unintentional discrepancies with nontrivial risks for harm to patients or 30-day postdischarge emergency department visits and readmission. Two reviewers evaluated study eligibility, abstracted data, and assessed study quality.
Eighteen studies evaluating 20 interventions met the selection criteria. Pharmacists performed medication reconciliation in 17 of the 20 interventions. Most unintentional discrepancies identified had no clinical significance. Medication reconciliation alone probably does not reduce postdischarge hospital utilization but may do so when bundled with interventions aimed at improving care transitions.
Key Summary Points:
- Medication reconciliation is widely recommended to avoid unintentional discrepancies between patients' medications across transitions in care;
- Clinically significant unintentional discrepancies affect only a few patients;
- Medication reconciliation alone probably does not reduce postdischarge hospital utilization within 30 days but may do so when bundled with other interventions that improve discharge coordination;
- Pharmacists play a major role in most successful interventions;
- Commonly used criteria for selecting high-risk patients do not consistently improve the effect of medication reconciliation.