Reduzindo as disparidades educacionais, em termos de competências digitais, entre as exigências das instituições de saúde e as necessidades dos profissionais

O Navarro-Martínez ; J Igual-García ; V Traver-Salcedo
Título original:
Bridging the educational gap in terms of digital competences between healthcare institutions’ demands and professionals’ needs
Resumo:

Contexto: Os profissionais de saúde que possuem competências digitais insuficientes podem prejudicar a segurança do paciente e aumentar a incidência de erros. Para garantir um cuidado adequado, as organizações de saúde devem oferecer oportunidades para que os profissionais aprendam a usar as tecnologias, especialmente para aqueles que não receberam treinamento na área durante seus estudos de graduação. Objetivo: Este estudo exploratório teve como objetivo conduzir um inquérito entre profissionais da saúde espanhóis para determinar se as suas organizações os treinaram no uso de tecnologias de saúde e as áreas enfatizadas no treinamento. Métodos: Ao todo, 1.624 profissionais da saúde espanhóis responderam a uma pesquisa on-line ad hoc com sete perguntas relacionadas ao treinamento em habilidades digitais oferecido pelas organizações de saúde onde trabalham. Resultados: Os enfermeiros foram o grupo mais representado, com 58,29% do total, seguidos por médicos, com 26,49%. Só 20% dos enfermeiros participantes receberam algum treinamento relacionado às tecnologias de saúde em sua instituição. De acordo com as respostas dos participantes, os médicos receberam significativamente mais treinamento nessa área do que os enfermeiros. O treinamento relacionado ao uso de bases de dados para fins de pesquisa ou gerenciamento de computadores seguiu a mesma tendência: os enfermeiros também receberam menos treinamento do que os médicos nessa área. Ao todo, 32% dos médicos e enfermeiros pagaram por seu próprio treinamento quando não haviam recebido nenhum treinamento por parte das instituições. Conclusões: Os enfermeiros recebem menos treinamento em áreas como pesquisa em bases de dados ou gerenciamento de computadores por parte dos centros de saúde e hospitais onde trabalham. Além disso, possuem menos habilidades digitais e de pesquisa. Esses dois fatores podem levar a déficits em suas atividades de cuidado e ter efeitos adversos para os pacientes, bem como menos oportunidades de progresso profissional. 
 

Resumo Original:

Background: Healthcare professionals with insufficient digital competence can be detrimental to patient safety and increase the incidence of errors. In order to guarantee proper care, healthcare organizations should provide opportunities to learn how to use technology, especially for those professionals who have not received training about this topic during their undergraduate studies. Objective: This exploratory study aimed to conduct surveys among Spanish healthcare professionals to determine whether their organisations had trained them in the use of healthcare technology and the areas where most emphasis was placed. Methods: 1624 Spanish healthcare professionals responded to an ad hoc online survey 7 questions related to the digital skill training offered by the healthcare organisations they work for. Results: Nurses were the most widely represented group, making up 58.29% of the total, followed by physicians namely 26.49%. Only 20% of the nurses surveyed had received some training from their institution related to healthcare technology. According to the participants’ responses, physicians received significantly more training in this area than nurses. Training related to database searching for research purposes or computer management followed the same trend. Nurses also received less training than physicians in this area. 32% of physicians and nurses paid for their own training if they did not receive any training from institutions. Conclusions: Nurses receive less training, on topics such as database searching or management, from the healthcare centres and hospitals where they work. Moreover, they also have fewer research and digital skills. Both of these factors may lead to deficits in their care activities, and have adverse effects on patients. Not to mention fewer opportunities for professional progress. 
 

Fonte:
BMC nursing ; 22(1): 144; 2023. DOI: 10.1186/s12912-023-01284-y.