Segurança do paciente e erros no cuidado de saúde: conhecimentos, atitudes e comportamentos de médicos em hospitais italianos
Objetivo: Investigar os conhecimentos dos médicos sobre práticas de segurança do paciente baseadas em evidências, suas atitudes em relação à prevenção e gestão de erros no cuidado de saúde e seu comportamento diante da ocorrência de erros.
Desenho: Estudo transversal nacional.
Ambiente: Inicialmente, estratificamos nossa população com base nas 20 regiões italianas. Depois, dentro de cada estrato, selecionamos, por amostragem aleatória simples, um hospital geral regional e um hospital geral distrital de cada região, obtendo uma amostra total de 40 hospitais.
Participantes: Enviamos um questionário pelo correio a 1.200 médicos envolvidos diretamente no cuidado de saúde (30 por hospital), e 696 responderam.
Principais medidas de desfecho: Conhecimentos sobre práticas de segurança do paciente, atitudes e práticas de prevenção de erros no cuidado de saúde.
Resultados: Os conhecimentos dos médicos sobre práticas de segurança do paciente baseadas em evidências foram inconsistentes. Mais de 90% disseram que a contagem de itens cirúrgicos durante um procedimento invasivo representava uma prática de segurança do paciente. As respostas revelaram atitudes positivas em relação à segurança do paciente; porém, 44,5 e 44,1%, respectivamente, concordaram ou tiveram dúvidas sobre a ideia de informar a ocorrência de erros aos pacientes. No que diz respeito ao comportamento, 7,6% dos médicos afirmaram nunca terem estado envolvidos em erros no cuidado de saúde; já em relação às falhas de sistema, o item classificado como o mais importante foi o "excesso de trabalho, estresse ou fadiga dos profissionais da saúde".
Conclusões: Os resultados do nosso estudo demonstram que são necessários maiores esforços para facilitar a transformação de atitudes positivas em relação à segurança do paciente em práticas apropriadas que demonstrem ser efetivas na redução de erros no cuidado de saúde.
Objective: To investigate physicians' knowledge about evidence-based patient safety practices, their attitudes on preventing and managing medical errors and to explore physicians' behavior when facing medical errors.
Design: A nationwide cross-sectional survey.
Setting: We first stratified our population by the 20 Italian regions. Then, within each stratum, we selected by simple random sampling, for each region, one regional general hospital and one district general hospital to yield a sample of 40 hospitals overall.
Participants: Twelve hundred physicians involved in direct patient care (30 per hospital) were sent a survey by mail and 696 responded.
Main Outcome Measures: Knowledge on patient safety practices, attitudes and practices toward the prevention of medical errors.
Results: Physicians' knowledge of evidence-based safety practices was inconsistent. More than 90% of physicians reported that counting surgical items during an invasive surgical procedure represented a patient safety practice. Positive attitudes about patient safety were revealed by responses, but 44.5 and 44.1%, respectively, agreed or were uncertain about the disclosure of errors to the patients. The pattern of behavior showed that 7.6% of physicians reported to have never been involved in medical errors, and among system failures, 'overwork, stress or fatigue of health professionals' was the most highly rated item.
Conclusions: The results from our study highlight that greater efforts are needed to facilitate the translation of positive attitudes towards patient safety into appropriate practices that have proven to be effective in the reduction of medical errors.
