Simulação translacional: um modelo conceitual em evolução sobre as contribuições da simulação para a qualidade e segurança no cuidado de saúde
A comunidade que trabalha com simulação no cuidado de saúde tem respondido de forma eficaz aos apelos para que o trabalho com simulações contribua de forma mais direta para a qualidade e segurança do cuidado de saúde, alinhando-se de forma mais clara com as prioridades dos serviços. No entanto, o enquadramento conceitual dessa contribuição tem sido vago. O termo “simulação translacional” foi proposto em 2017 como um “termo funcional para exprimir a forma como a simulação pode ser conectada diretamente com as prioridades dos serviços e os resultados de saúde dos pacientes, através de funções de intervenção e diagnóstico” (Brazil V. Adv Simul. 2:20, 2017). Seis anos depois, esse enquadramento conceitual está mais claro. A simulação translacional tem sido aplicada em vários contextos, o que tem elucidado os seus pontos fortes e limitações. Três conceitos centrais podem ser identificados em estudos recentes sobre simulação translacional: uma identificação clara do propósito da simulação, uma articulação do processo de simulação e um envolvimento com as bases conceituais da prática de simulação translacional. Neste artigo, refletimos sobre a prática e a pesquisa atual sobre simulação translacional, especialmente em relação a esses três conceitos centrais, e apresentamos um modelo conceitual mais elaborado, baseado em seu uso até o momento.
The simulation community has effectively responded to calls for a more direct contribution by simulation to healthcare quality and safety, and clearer alignment with health service priorities, but the conceptual framing of this contribution has been vague. The term 'translational simulation' was proposed in 2017 as a "functional term for how simulation may be connected directly with health service priorities and patient outcomes, through interventional and diagnostic functions" (Brazil V. Adv Simul. 2:20, 2017). Six years later, this conceptual framing is clearer. Translational simulation has been applied in diverse contexts, affording insights into its strengths and limitations. Three core concepts are identifiable in recently published translational simulation studies: a clear identification of simulation purpose, an articulation of the simulation process, and an engagement with the conceptual foundations of translational simulation practice. In this article, we reflect on current translational simulation practice and scholarship, especially with respect to these three core concepts, and offer a further elaborated conceptual model based on its use to date.