Transformando a cultura de segurança: avaliação de uma abordagem inovadora para compreender e responder ao assédio e à violência no local de trabalho sofridos por profissionais que prestam atenção domiciliar

Emily C King
Janet Chan
Adam Benn
Mel B Michener
Travis A Van Belle
Sandra M McKay
Título original
Shifting the Safety Culture: Evaluation of a Novel Approach to Understanding and Responding to Workplace Harassment and Violence Experienced by Homecare Workers
Resumo

Contexto: A violência e o assédio no local de trabalho são comuns entre profissionais da saúde, e a maioria dos incidentes não é notificada. A normalização dessas experiências, a falta de confiança nos sistemas para notificar esses casos e o medo das consequências da notificação contribuem para que essas situações permaneçam invisíveis. Os desafios são exacerbados no ambiente de atenção domiciliar e entre trabalhadores em situação de trabalho precária, incluindo profissionais de apoio à reabilitação (no Reino Unido, Personal Support Workers, ou PSWs). Neste trabalho, desenvolvemos, testamos e avaliamos uma intervenção para melhorar a cultura de segurança e incentivar a notificação de situações de violência e assédio no local de trabalho. Métodos: Um comitê administrativo multiprofissional projetou uma intervenção que combinava mudanças nas políticas, uma ferramenta de triagem pré-visita, educação e um relatório breve ao final da visita. O projeto passou por um teste-piloto com uma equipe de PSWs, durante o qual foram realizadas mais de 55.000 visitas a clientes durante as 32 semanas da intervenção. Indicadores operacionais caracterizaram a adesão aos processos de triagem, educação e preparação do relatório. Inquéritos pré e pós-intervenção caracterizaram as experiências dos PSWs com a violência e o assédio no local de trabalho, suas experiências com a preparação do relatório, seu histórico de treinamento e o feedback sobre a intervenção. Resultados: Os PSWs expressaram um maior conforto para discutir a violência e o assédio no local de trabalho e mais confiança para lidar com incidentes com os clientes. A triagem foi bem-sucedida com a maioria dos clientes em domicílios particulares. A maioria dos PSWs (75%) preparou o relatório ao menos uma vez ao final da visita, e quase a metade enviou relatórios regularmente. Durante o teste-piloto, 21% dos PSWs relataram incidentes e 52% dos relatórios apresentaram estratégias específicas para lidar com essas situações. Aplicação na prática: As mudanças no conforto e no comportamento de notificação das situações de violência e assédio no local de trabalho indicaram uma mudança em direção a uma cultura mais aberta em relação a essas questões. Apresentamos aqui as ferramentas criadas para esta intervenção e as lições para sua implementação, para serem consideradas por profissionais de saúde ocupacional em todo o setor da atenção domiciliar.
 

Resumo original

BACKGROUND: Workplace violence and harassment are commonplace for healthcare workers and most incidents are unreported. Normalization of these experiences, lack of confidence in reporting systems, and fear of the consequences of reporting contribute to the invisibility of these experiences. Challenges are exacerbated in homecare settings and for precarious workforces including Personal Support Workers (PSWs). We created, piloted, and evaluated an intervention to enhance safety culture and encourage reporting of workplace violence and harassment. METHODS: A multi-stakeholder steering committee designed an intervention combining policy changes, a pre-visit screening tool, education, and brief end-of-visit reporting. This was piloted with a PSW care team which provided >55,000 client visits during the 32-week intervention. Operational metrics characterized screening, education, and reporting uptake. Pre- and post-intervention surveys characterized PSWs' experiences with workplace violence and harassment, reporting experiences, training history and intervention feedback. FINDINGS: PSWs reported increased comfort discussing workplace violence and harassment, and increased confidence managing client-to-worker incidents. The screening went smoothly with most clients in private homes. Most PSWs (75%) engaged at least once with end-of-visit reporting and nearly half submitted reports regularly. During the pilot, 21% of PSWs reported incidents and 52% of reports shared client-specific strategies for managing these situations. APPLICATION TO PRACTICE: Changes in comfort and behavior with reporting indicated a shift toward a more open culture surrounding workplace violence and harassment. Tools created for this intervention and lessons for implementation are shared for consideration by occupational health practitioners throughout the homecare sector.
 

Revista
Workplace Health Saf .
Data de publicação
Volume
72
Fascículo
7
doi
10.1177/21650799241232148