Tromboembolismo pós-operatório de acordo com o tipo de cirurgia: um estudo nacional na República da Coreia
Resumo
O tromboembolismo pós-operatório (TE) é uma complicação grave, mas evitável, em pacientes cirúrgicos. Cirurgia ortopédica, neurocirurgia e cirurgia vascular são consideradas de alto risco para TE, e as diretrizes atuais recomendam profilaxia de TE. No entanto, não existem dados suficientes sobre o risco de TE em outras cirurgias gerais. Este estudo identificou a incidência real e o risco relativo de TE pós-operatório no mundo real, de acordo com o tipo de cirurgia. Vinte e seis cirurgias entre 1º de dezembro de 2017 e 31 de agosto de 2019 foram selecionadas do banco de dados do Health Insurance Review and Assessment Service (Serviço de Revisão e Avaliação de Seguros de Saúde) e analisadas para eventos de TE pós-operatórios. Entre todos os pacientes, 2,17% tiveram um evento de TE no período de 6 meses após a cirurgia, e 0,75% tiveram um evento de TE devido ao tratamento anticoagulante. A incidência total de eventos de TE foi maior em artroplastia total do joelho (12,77%), artroplastia do quadril (11,46%) e cirurgia da coluna (5,98%). A incidência de TE com tratamento anticoagulante foi maior na artroplastia total do joelho (7,40%), na artroplastia do quadril (7,20%) e na cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) (3,81%). A artroplastia do quadril, a artroplastia total do joelho, a cirurgia de revascularização do miocárdio, a cirurgia de coluna vertebral e a cirurgia cardíaca, salvo cirurgia de revascularização miocárdica, mostraram riscos relativamente maiores para TE venoso total reivindicado. O risco relativo de TE venoso com tratamento anticoagulante foi maior para histerectomia, hepatectomia parcial, artroplastia de quadril e cirurgia cardíaca, salvo cirurgia de revascularização do miocárdio e artroplastia total de joelho. O risco relativo de TE arterial mais alto foi em cirurgia cardíaca, artroplastia total do joelho e artroplastia do quadril. No mundo real, a incidência de eventos de TE pós-operatório em artroplastia total do joelho e artroplastia do quadril permanece alta, e algumas cirurgias podem ter um risco relativamente maior de TE do que outras cirurgias. Para pacientes submetidos a essas cirurgias, devem ser conduzidos estudos que reduzam a incidência de TE pós-operatório na prática clínica.
Abstract
Postoperative thromboembolism (TE) is a serious, but preventable, complication in surgical patients. Orthopedic surgery, neurosurgery, and vascular surgery are considered high risk for TE, and current guidelines recommend TE prophylaxis. However, insufficient data exist regarding TE risk in other general surgeries. This study identified the actual incidence and relative risk of postoperative TE in the real world, according to surgery type. Twenty-six surgeries between 1 December 2017 and 31 August 2019 were selected from the Health Insurance Review and Assessment Service database and analyzed for postoperative TE events. Among all patients, 2.17% had a TE event within 6 months of surgery and 0.75% had a TE event owing to anticoagulant treatment. The incidence of total TE events was the highest in total knee replacement (12.77%), hip replacement (11.46%), and spine surgery (5.98%). The incidence of TE with anticoagulant treatment was the highest in total knee replacement (7.40%), hip replacement (7.20%), and coronary artery bypass graft (CABG) surgery (3.81%). Hip replacement, total knee replacement, CABG surgery, spine surgery, and cardiac surgery except CABG surgery, showed relatively higher risks for total claimed venous TE. The relative risk of venous TE with anticoagulant treatment was the highest for hysterectomy, partial hepatectomy, hip replacement, cardiac surgery except CABG surgery, and total knee replacement. The relative risk of arterial TE was the highest for cardiac surgery, total knee replacement, and hip replacement. In the real world, the incidence of postoperative TE events from total knee replacement and those from hip replacement remain high, and some surgeries could have a relatively higher risk of TE than other surgeries. For patients undergoing these surgeries, studies to reduce the incidence of postoperative TE in clinical practice should be conducted.
