A boa comunicação é um pilar do profissionalismo médico.1 Como tal, ela é exigida independentemente de seu custo econômico. No entanto, diante de recursos escassos, é útil saber até que ponto a dedicação de recursos para garantir ou melhorar a comunicação de alta qualidade é eficaz em termos de custo. Os benefícios da melhoria de um tipo específico de comunicação, ou seja, a comunicação empática positiva, foram objetos de vários estudos randomizados.2 Esses estudos sugerem que, em comparação com o “cuidado usual”, a comunicação empática positiva pode reduzir a dor, melhorar a satisfação do paciente e aumentar a qualidade de vida. Estudos observacionais sugerem que o cuidado empático tem benefícios que vão desde a redução da mortalidade3 e do esgotamento do profissional4 até o aumento da segurança.5 Por outro lado, esses mesmos estudos revelam que é necessário tempo adicional para realizar treinamento em empatia e para tratar pacientes na clínica, o que pode custar caro. Infelizmente, com algumas exceções notáveis,6 a relação custo-efetividade da empatia não foi avaliada de forma rigorosa. Uma resposta definitiva para saber se a empatia do profissional é econômica requer estudos com poder suficiente ou modelos de decisão que medem os resultados relevantes, e isso está começando a acontecer.6 Nesta visão geral, consideramos os fatores que podem ser ponderados em futuros estudos de custo-efetividade da empatia.
Good communication is a pillar of medical professionalism.1 As such, it is required independently of its economic cost. Yet, faced with scarce resources, it is useful to know the extent to which devoting resources to ensure or enhance high-quality communication is cost-effective. The benefits of enhancing one particular type of communication, namely empathic positive communication, have been studied in a number of randomised trials.2 These trials suggest that compared with ‘usual care’, empathic positive communication can reduce pain, improve patient satisfaction and increase quality of life. Observational studies suggest that empathic care has benefits ranging from reducing mortality3 and practitioner burnout4 to increasing safe5. On the other hand, these very same studies reveal that additional time is required to undertake empathy training and to treat patients in the clinic; both of these can be costly. Unfortunately, with a few notable exceptions6 empathy’s cost-effectiveness has not been rigorously evaluated. A definitive answer to whether practitioner empathy is cost-effective requires sufficiently powered trials or decision models that measure relevant outcomes, and this is starting to happen.6 In this overview, we consider the factors that might be weighed in future trials of empathy’s cost-effectiveness.