Uma revisão sistemática de ferramentas de medição para a avaliação proativa da segurança do paciente na atenção primária

Sinéad Lydon ; Margaret E Cupples ; Andrew W Murphy ; Nigel Hart ; Paul O'Connor
Título original:
A Systematic Review of Measurement Tools for the Proactive Assessment of Patient Safety in General Practice
Resumo:

Contexto: Os médicos de atenção primária dizem ter dificuldade em compreender a melhor forma de medir e melhorar a segurança do paciente em seus consultórios.
Objetivos: Este estudo procurou identificar medidas adequadas de segurança do paciente para uso na atenção primária e dar orientações sobre o monitoramento e a medição proativa da segurança.
Métodos: Fizemos pesquisas nas bases de dados Medline, Embase, CINAHL e PsycInfo em fevereiro de 2016. Estudos que utilizassem uma medida para avaliar os níveis de segurança ou as atitudes em relação à segurança do paciente na atenção primária foram considerados para inclusão. Só fizemos a revisão de estudos que descrevessem ferramentas centradas na avaliação proativa da segurança. Dois revisores independentes extraíram os dados dos artigos e aplicaram a Quality Assessment Tool for Studies with Diverse Designs.
Resultados: Mais de 2.800 estudos foram considerados, dos quais 56 foram incluídos. A maioria dos estudos utilizou inquéritos ou entrevistas com profissionais da saúde para avaliar a segurança do paciente (n=34), seguidos da auditoria de prontuários médicos (n=14) ou da utilização de uma lista de verificação para avaliar a prática clínica (n=7). Métodos utilizados com menor frequência foram os inquéritos ou entrevistas com pacientes, os sistemas de monitoramento ativo e o uso de pacientes simulados.
Conclusões: Sugerimos que a falta de ferramentas de medição apropriadas limita a capacidade de monitorar a segurança do paciente na atenção primária e de melhorar o cuidado prestado ao paciente. Não existe um método claramente “melhor” para medir a segurança do paciente na atenção primária. Contudo, muitas das medidas estão facilmente disponíveis, são rápidas de administrar, são baratas e não exigem o envolvimento externo. Esta síntese da literatura sugere que os médicos de atenção primária têm a possibilidade de adotar uma abordagem proativa para medir e melhorar a segurança.
 

Resumo Original:

Background: Primary care physicians have reported a difficulty in understanding how best to measure and improve patient safety in their practices.

Objectives: The aims of the study were to identify measures of patient safety suitable for use in primary care and to provide guidance on proactively monitoring and measuring safety.

Methods: Searches were conducted using Medline, Embase, CINAHL and PsycInfo in February 2016. Studies that used a measure assessing levels of or attitudes toward patient safety in primary care were considered for inclusion. Only studies describing tools focused on the proactive assessment of safety were reviewed. Two independent reviewers extracted data from articles and applied the Quality Assessment Tool for Studies with Diverse Designs.

Results: More than 2800 studies were screened, of which 56 were included. Most studies had used healthcare staff survey or interviews to assess patient safety (n = 34), followed by patient chart audit (n = 14) or use of a practice assessment checklist (n = 7). Survey or interview of patients, active monitoring systems, and simulated patients were used with less frequency.

Conclusions: A lack of appropriate measurement tools has been suggested to limit the ability to monitor patient safety in primary care and to improve patient care. There is no evident "best" method of measuring patient safety in primary care. However, many of the measures are readily available, quick to administer, do not require external involvement, and are inexpensive. This synthesis of the literature suggests that it is possible for primary care physicians to take a proactive approach to measuring and improving safety.
 

Fonte:
Journal of Patient Safety ; 17(5): e406-e412. ; 2021. DOI: 10.1097/PTS.0000000000000350..