Validação de novos indicadores de segurança do paciente baseados no CID-10 para identificar complicações intra-hospitalares em pacientes cirúrgicos: um estudo da acurácia diagnóstica

Daniel I McIsaac ; Gavin M Hamilton ; Karim Abdulla ; Luke T Lavallée ; Husien Moloo ; Chris Pysyk ; Jocelyn Tufts
Título original:
Validation of new ICD-10-based patient safety indicators for identification of in-hospital complications in surgical patients: A study of diagnostic accuracy
Resumo:

Objetivo. Os sistemas de dados administrativos são usados para identificar eventos de segurança do paciente em hospitais; poucos estudos avaliam a sua acurácia. Avaliamos a precisão de um novo conjunto de indicadores de segurança do paciente (ISPs) concebidos para identificar complicações hospitalares. Desenho. Análise prospectiva de dados de registros (entre 1 de abril de 2010 e 29 de fevereiro de 2016) de uma rede de hospitais canadenses. A atribuição de complicações foi feita por dois métodos independentes. A base de dados do National Surgical Quality Improvement Programme (NSQIP) foi o padrão clínico de referência (desfecho primário=qualquer complicação intra-hospitalar incluída no NSQIP); os conjuntos de ISPs foram designados usando códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) presentes no resumo de alta hospitalar. A nossa análise primária examinou a precisão de qualquer condição avaliada através de um ISP em comparação com qualquer complicação incluída no NSQIP; a análise secundária avaliou a precisão de ISPs para complicações específicas. Pacientes. Todos os pacientes cirúrgicos internados incluídos nos dados do NSQIP. Análise. Avaliamos a precisão dos ISPs (tendo o NSQIP como padrão de referência) usando valores preditivos positivos e negativos (VPPs/VPNs), bem como a razão de verossimilhança positiva e negativa (±RV). Resultados. Identificamos 12.898 episódios de cuidado vinculados. Os ISPs e o NSQIP identificaram complicações em 2.415 (18,7%) e 2.885 (22,4%) episódios, respectivamente. A presença de qualquer código de ISP teve um VPP de 0,55 (IC 95% 0,53 a 0,57) e um VPN de 0,93 (IC 95% 0,92 a 0,93); +RV de 6,41 (IC 95% 6,01 a 6,84) e -RV de 0,40 (IC 95% 0,37 a 0,42). As análises de subgrupos (por tipo de cirurgia e urgência) apresentaram um desempenho semelhante. Os ISPs para complicações específicas apresentaram VPNs altos (IC 95% 0,92 a 0,99), mas VPNs baixos a moderados (0,13 a 0,61). Conclusão. A validação deste sistema de ISPs baseado no CID-10 sugere que ele pode ser usado como uma primeira etapa de rastreamento, integrado a dados de outras fontes, para produzir um método de detecção de eventos adversos que facilite o aprendizado nos sistemas de saúde. No entanto, a precisão foi insuficiente para identificar ou descartar diretamente a ocorrência de complicações ao nível individual. 
 

Resumo Original:

Objective Administrative data systems are used to identify hospital-based patient safety events; few studies evaluate their accuracy. We assessed the accuracy of a new set of patient safety indicators (PSIs; designed to identify in hospital complications). Study design Prospectively defined analysis of registry data (1 April 2010-29 February 2016) in a Canadian hospital network. Assignment of complications was by two methods independently. The National Surgical Quality Improvement Programme (NSQIP) database was the clinical reference standard (primary outcome=any in-hospital NSQIP complication); PSI clusters were assigned using International Classification of Disease (ICD-10) codes in the discharge abstract. Our primary analysis assessed the accuracy of any PSI condition compared with any complication in the NSQIP; secondary analysis evaluated accuracy of complication-specific PSIs. Patients All inpatient surgical cases captured in NSQIP data. Analysis We assessed the accuracy of PSIs (with NSQIP as reference standard) using positive and negative predictive values (PPV/NPV), as well as positive and negative likelihood ratios (±LR). Results We identified 12 898 linked episodes of care. Complications were identified by PSIs and NSQIP in 2415 (18.7%) and 2885 (22.4%) episodes, respectively. The presence of any PSI code had a PPV of 0.55 (95% CI 0.53 to 0.57) and NPV of 0.93 (95% CI 0.92 to 0.93); +LR 6.41 (95% CI 6.01 to 6.84) and -LR 0.40 (95% CI 0.37 to 0.42). Subgroup analyses (by surgery type and urgency) showed similar performance. Complication-specific PSIs had high NPVs (95% CI 0.92 to 0.99), but low to moderate PPVs (0.13-0.61). Conclusion Validation of the ICD-10 PSI system suggests applicability as a first screening step, integrated with data from other sources, to produce an adverse event detection pathway that informs learning healthcare systems. However, accuracy was insufficient to directly identify or rule out individual-level complications. © Author(s) (or their employer(s)) 2020. https://www.scopus.c

Fonte:
BMJ Quality & Safety ; 29(3): 209-216; 2020. DOI: 10.1136/bmjqs-2018-008852.