Número total de altas de pacientes (com mais de 24 horas de internação) em uso de varfarina que apresentaram hemorragia cerebral (durante a internação), como porcentagem do total de altas de pacientes (com mais de 24 horas de internação) em uso de varfarina.
Número total de altas de pacientes (com mais de 24 horas de internação) em uso de varfarina que apresentaram hemorragia cerebral.
Exclusões:
Pacientes que na admissão já apresentavam sangramento anormal não devem ser contados.
Número total de altas de pacientes (com mais de 24 horas de internação) em uso de varfarina.
A varfarina é um medicamento potencialmente perigoso ou de alta vigilância amplamente uutilizada, que apresenta um índice terapêutico estreito, e com potencial de reações adversas graves, como o sangramento espontâneo.
O efeito anticoagulante da varfarina é monitorado calculando-se a Razão Normalizada Internacional (RNI) — uma razão entre o tempo de protrombina do paciente e o tempo de protrombina normal médio (Hirsh et al., 2001). Na maioria dos pacientes que precisam de varfarina, a faixa desejada de RNI é entre 2 e 3 (Hirsh et al., 2001; Australian Medicines Handbook, 2007).
O sangramento é a complicação mais comum e grave da varfarina (Australian Medicines Handbook, 2007), existindo uma forte relação entre os níveis de RNI e o sangramento (Levine et al., 2004). O risco de sangramento aumenta acentuadamente quando a RNI passa de 4 (Baker et al., 2004). Para reduzir o risco de sangramento, costuma ser necessário ajustar a dose, particularmente nos pacientes que iniciaram o uso de varfarina e/ou outro medicamento recentemente. Isso inclui pacientes em uso de varfarina que são internados por patologias não relacionadas à necessidade de varfarina. Entretanto, um período de observação atenta constitui uma alternativa aceitável em pacientes com RNI levemente elevada (Banet et al., 2003). Logo, em alguns casos pode ser adequado não realizar o ajuste de dose; no entanto, a revisão regular é obrigatória.
Fatores de risco dos pacientes podem ser considerados na construção do indicador (Fang et al., 2004; Siracuse et al., 1994)
Taxa desejada: baixa (associado a resultados adversos).
Comparações externas (entre hospitais) podem ser feitas em um determinado ponto no tempo, ou acompanhando as tendências temporais. Comparações internas (dentro do hospital) podem ser feitas ao longo do tempo, em períodos regulares.
1. The Australian Council on Healthcare Standards (ACHS). Australasian Clinical Indicator Report: 2001 – 2008. Determining the Potential to Improve Quality of Care: 10th Edition [online]. Australian Council on Healthcare Standards, 2008. [capturado 25 fev. 2010] Disponível em: http://www.achs.org.au/cireports.
2. National Quality Measures Clearinghouse (NQMC). In: National Quality Measures Clearinghouse (NQMC) [Web site]. Rockville (MD): [visitado em 29 jun 2010]. Disponível em: http://www.qualitymeasures.ahrq.gov.
3. Fang MC, Chang Y, Hylek EM, Rosand J, Greenberg SM, Go AS, Singer DE. Advanced age, anticoagulation intensity, and risk for intracranial hemorrhage among patients taking warfarin for atrial fibrillation. Ann Intern Med. 2004 Nov 16;141(10):745-52.
4. Siracuse JJ, Robich MP, Gautam S, Kasper EM, Moorman DW, Hauser CJ. Antiplatelet agents, warfarin, and epidemic intracranial hemorrhage. Surgery. 2010 Oct;148(4):724-9; discussion 729-30. Hylek EM, Singer DE. Risk factors for intracranial hemorrhage in outpatients taking warfarin. Ann Intern Med. 1994 Jun 1;120(11):897-902. PubMed PMID: 8172435.