Taxa de pacientes submetidos a um procedimento que receberam cuidados de anestesiologista para tratar bloqueio neuromuscular residual, no período de recuperação

Fonte
The Australian Council on Healthcare Standards (ACHS).
Definição

Número de pacientes submetidos a um procedimento que receberam cuidados de anestesiologista para tratar bloqueio neuromuscular residual, no período de recuperação, dividido pelo número de pacientes que receberam cuidados no período de recuperação pós-anestésica.

Nível de Informação
Dimensão da Qualidade
Numerador

Número de pacientes submetidos a um procedimento que receberam cuidados de anestesiologista para tratar bloqueio neuromuscular residual, no período de recuperação.

Denominador

Número de pacientes que receberam cuidados no período de recuperação pós-anestésica.

Racionalidade

Este indicador foi desenvolvido pela Australian Council on Healthcare Standards (ACHS),agência australiana de acreditação de serviços de saúde, para ser utilizado pelos hospitais acreditados, auxiliando os seus processos internos de melhoria.

A ocorrência de um 'evento clínico' pode indicar um desempenho abaixo do ideal na anestesia.

Este indicador deve estimular os profissionais da sala de Recuperação Pós-anestésica (RPA), ou do local onde o paciente permanece no pós-operatório imediato, a notificar qualquer perturbação significativa no processo de recuperação habitual.

A partir de 2012 este indicador não integra mais o conjunto de indicadores anestésicos da ACHS.

O uso de bloqueadores neuromusculares (BNM) continua sendo um desafio na prática dos anestesiologistas. Trabalhos recentes demonstram que o resíduo do bloqueio neuromuscular permanece como uma  realidade ainda nos dias atuais. A utilização de anticolinesterásicos era a única opção de reversão dos bloqueadores neuromusculares até pouco tempo. No entanto, recentes estudos mostram que uma ciclodextrina gama vem demonstrando-se eficaz para reversão de BNM em pacientes adultos. (MENEZES et al, 2012). Entretanto, novos questionamentos sobre a reversão são apontados pela literatura (ALMEIDA;LOCKS, 2012).

Interpretação

Taxa desejada: baixa (associado a resultados adversos). Comparações externas (entre hospitais) podem ser feitas em um determinado ponto no tempo, ou acompanhando as tendências temporais. Comparações internas (dentro do hospital) podem ser feitas ao longo do tempo, em períodos regulares.

Bibliografia

1. The Australian Council on Healthcare Standards (ACHS). Clinical Indicator User Manual Version 7.2 for use in second half of 2013. https://www.ranzcog.edu.au/component/docman/doc_view/267-obstetric-indicators.html?Itemid=946 .

2. ACHS Clinical Indicator Users’ Manual 2005. ANAESTHESIA INDICATORS CLINICAL INDICATORS - A USERS' MANUAL VERSION 4 FOR USE IN 2005

3. BARBOSA, Fabiano T.; CUNHA, Rafael M. da. Reversão de Bloqueio Muscular Profundo com Sugammadex Após Falha de Intubação Traqueal em Sequência Rápida: Relato de Caso. Revista Brasileira de Anestesiologia, Vol. 62, No 2, Março-Abril, 2012.

4. BARBOSA, Fabiano T.; CUNHA, Rafael M. da. Caso de Anafilaxia Induzida por Rocurônio Tratado com o Auxílio de Sugamadex. Revista Brasileira de Anestesiologia, Vol. 62, No 4, Julho-Agosto, 2012.

5.MENEZES, Cássio C. de et al. Uso de Sugamadex após Reversão Incompleta com Neostigmine do Bloqueio Neuromuscular Induzido por Rocurônio. Revista Brasileira de Anestesiologia, Vol. 62, No 4, Julho-Agosto, 2012.

6.ALMEIDA, Maria C. S; LOCKS, Giovani de F. Sugammadex: novos questionamentos sobre a reversão. Revista Brasileira de Anestesiologia Vol. 62, No 4, Julho-Agosto, 2012.

Ano da Publicação
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328