Tempo médio de Internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

Fonte
BERENHOLTZ et al., 2002; PRONOVOST et al., 2003.
Definição

Soma do tempo de permanência na UTI, para todas as altas, dividido pelo número total de altas da UTI.

Nível de Informação
Dimensão da Qualidade
Numerador

Soma do tempo de permanência na UTI, para todas as altas.

Denominador

Número total de altas da UTI.

Inclusões:

1. Óbitos;

2. Tranferências.

Racionalidade

Este indicador faz parte de um projeto americano de desenvolvimento de indicadores de qualidade para UTIs de adultos. O método de desenvolvimento incluiu revisão de literatura; opinião de especialistas; grupo nominal; e piloto em treze UTIs para avaliar a validade (construto e conteúdo) e a confiabilidade dos indicadores. Os indicadores desenvolvidos foram classificados nas dimensões da qualidade propostas pelo Instituto de Medicina americano (IOM), segurança, efetividade, cuidados centrados no paciente, oportunidade, eficiência e equidade.

Os resultados do teste piloto mostraram que o desempenho variou muito entre as 13 UTIs participantes e dentro de cada UTI. O percentual médio de dias em que os pacientes em ventilação receberam as terapias que deveriam receber foram de: 64% para sedação adequada; 67% para a elevação da cabeceira da cama; 89% para a profilaxia da úlcera péptica; e 87% para a profilaxia da tromobose venosa profunda. A taxa média de transfusão de sangue adequada foi de 33%. A incapacidade de usar essas terapias podem levar a um excesso de morbidade, de mortalidade e do tempo de permanência na UTI.

O estudo piloto sugere que é possível implementar um amplo conjunto de medidas de qualidade em UTIs. Ao melhorar o desempenho nestas medidas, pode-se perceber reduções na mortalidade, morbidade e tempo de internação.

Fonte de Dados
Bibliografia

1. Pronovost PJ, Berenholtz SM, Ngo K, McDowell M, Holzmueller C, Haraden C, et al. Developing and pilot testing quality indicators in the intensive care unit. J Crit Care 2003 Sep;18(3):145-55.

2. Berenholtz SM, Dorman T, Ngo K, Pronovost PJ. Qualitative review of intensive care unit quality indicators. J Crit Care 2002 Mar;17(1):1-12.

3. ARAUJO, Tatiane Gomes de et al. Readmissões e óbitos após a alta da UTI – um desafio da terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2013; 25(1):32-38.

4. PENA, Felipe Montes et al. Análise de um modelo de risco pré-operatório específico para cirurgia valvar e a relação com o tempo de internação em unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2010; 22(4):339-345.

5. PONTES, Stelma Regina Sodré et al. Avaliação perioperatória de pacientes em unidade de terapia intensiva. Rev. Col. Bras. Cir. 2013; 40(2): 092-097.

6. OLIVEIRA, Ana Beatriz F. de; et al. Fatores associados à maior mortalidade e tempo de internação prolongado em uma unidade de terapia intensiva de adultos. Rev Bras Ter Intensiva. 2010; 22(3):250-256.

Ano da Publicação
id_repositorio
338