Sepse bacteriana
Excerto
A sepse bacteriana é uma condição com risco de vida que surge quando a resposta do corpo a uma infecção danifica seus tecidos e órgãos. A sepse foi recentemente redefinida como uma disfunção orgânica com risco de vida causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção. A sepse, como condição médica, foi apresentada pela primeira vez por Hipócrates (460 a 470 a.C.) e é derivada da palavra grega sipsi, ou seja, "tornar podre". Esta doença teve muitas iterações desde aquela época, com as bases para a compreensão moderna da sepse surgindo por meio de avanços no final do século XIX. O desenvolvimento de medidas antissépticas, a teoria dos germes da doença e a bacteriologia levaram à crença generalizada de que a sepse era uma infecção sistêmica resultante de um organismo patogênico que invade o hospedeiro e se espalha pela corrente sanguínea (ou seja, septicemia). Somente após o uso generalizado de antibióticos e a descoberta da endotoxina foi sugerido que a fisiopatologia da sepse era muito mais complexa.
Apesar do aumento da compreensão desse complexo processo patológico, a mortalidade por sepse continua sendo a causa mais comum de morte na unidade de terapia intensiva não coronariana. Na esperança de permitir uma intervenção terapêutica mais precoce, uma reunião de consenso internacional em 1991 criou e definiu termos, tais como síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), sepse, sepse grave e choque séptico (conhecido agora como Sepse-1). A SIRS descreve o processo inflamatório, a despeito da causa, com base em uma combinação de sinais vitais e exames de sangue.