Cuidado intraparto: cuidado de mulheres saudáveis e seus bebês durante o parto

Autor institucional
The National Institute for Health and Care Excellence (NICE)
Resumo

Diretriz clínica NICE 190

Introdução

Esta diretriz clínica atualiza e substitui a diretriz 'Cuidado intraparto' (Diretriz NICE CG55). As recomendações estão marcadas segundo a data de sua publicação original (para maiores detalhes, consulte a seção 'Sobre esta diretriz').

Dar à luz é um evento que muda a vida de uma pessoa. O cuidado que uma mulher recebe durante o parto tem o potencial de abalá-la — física e emocionalmente, no curto e longo prazo —, bem como de afetar a saúde de seu bebê. Boa comunicação, apoio e compaixão por parte da equipe, respeitando os desejos da mulher, podem ajudá-la a se sentir no controle da situação e a fazer com que o parto seja uma experiência positiva para ela e para as pessoas que a cercam.

Esta diretriz orienta o cuidado prestado a mulheres saudáveis em trabalho de parto a termo (37+0 a 41+6 semanas). Cerca de 700.000 mulheres dão à luz na Inglaterra e no País de Gales a cada ano. Aproximadamente 40% destas estão tendo seu primeiro filho. A maior parte dessas mulheres é saudável e tem uma gravidez sem complicações. Quase 90% das mulheres dão à luz um único bebê depois de mais de 37 semanas de gestação, com apresentação cefálica. Cerca de dois terços das mulheres entram em trabalho de parto espontaneamente. Portanto, esta diretriz cobre a maior parte das mulheres que vão dar à luz na Inglaterra e no País de Gales.

Desde a publicação da diretriz original em 2007, o número de partos na Inglaterra e no País de Gales cresceu a cada ano, a taxa de intervenções (partos instrumentais e cesáreos) aumentou ligeiramente e houve alguma reconfiguração dos serviços. A decisão de atualizar a diretriz foi tomada com base nas mudanças ocorridas no NHS e no surgimento de novas evidências que podem afetar as recomendações de 2007.

É importante que a mulher receba informações e aconselhamento sobre todos os locais disponíveis para o parto no momento em que for decidir onde ter seu filho, para que possa tomar uma decisão plenamente informada. Isso inclui informações sobre os resultados nos diferentes locais. Também é fundamental reconhecer quando está indicada a transferência dos cuidados da parteira para o obstetra devido a um maior risco para a mulher e/ou para o bebê por complicações surgidas durante o parto.

Foram identificadas incertezas e inconsistências no cuidado prestado numa série de áreas, tais como a escolha do local de parto, o cuidado durante a fase inicial ou latente, a avaliação e o monitoramento fetal durante o parto (particularmente a cardiotocografia em comparação com ausculta intermitente) e o manejo do terceiro estágio do trabalho de parto. Esses e outros temas relacionados são abordados nesta atualização.

Esta diretriz tem por objetivo orientar o cuidado prestado a mulheres saudáveis com gestações não complicadas que entrem em trabalho de parto com um baixo risco de complicações intraparto. Além disso, são feitas as recomendações sobre o cuidado prestado a mulheres que iniciam o trabalho de parto com um baixo risco, mas que, posteriormente, apresentam complicações. Estas recomendações incluem o cuidado de mulheres com ruptura pré-parto de membranas a termo, o cuidado da mulher e do bebê na presença de mecônio, as indicações para cardiotocografia contínua, a interpretação da cardiotocografia e a conduta diante de retenção de placenta e hemorragia pós-parto. Aspectos do cuidado intraparto para mulheres com risco de apresentar complicações durante o parto são cobertos numa série de orientações sobre condições específicas (consulte a seção 3.2). Uma futura diretriz irá tratar do cuidado intraparto de mulheres com alto risco de complicações durante a gravidez e o parto.

Medicamentos

Esta diretriz presume que os profissionais irão embasar as decisões tomadas com cada paciente utilizando o resumo das características do produto (bula).

Data de publicação
País de publicação
Inglaterra
Nota geral

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