Taxa de profilaxia antibiótica em histerectomias
Número total de mulheres que realizaram histerectomia e receberam profilaxia antibiótica, antes da cirurgia, como porcentagem do número total de mulheres submetidas à histerectomia.
Processo
Adequação
Continuidade
Segurança
Efetividade
Número total de mulheres que realizaram histerectomia e receberam profilaxia antibiótica, antes da cirurgia.
Obs: Ver indicador “Porcentagem de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos específicos que recebem um esquema profilático apropriado de antibióticos”.
Número total de mulheres que realizaram histerectomia.
Profilaxia antibiótica:
Antes da cirurgia refere-se aos pacientes que recebem profilaxia antibiótica dentro de 24 horas de sua cirurgia. Também inclui pacientes que recebem profilaxia no momento da indução da anestesia.
Para informações sobre a profilaxia antibiótica, referir-se a Therapeutic guidelines Limited. Therapeutic guidelines, Antibiotic version 13, August 2006.
As instituições podem decidir usar outro protocolo antibiótico endossado por uma comissão local responsável pelas diretrizes de uso de fármacos e tratamentos.
Este indicador foi desenvolvido pela Australian Council on Healthcare Standards (ACHS), agência australiana de acreditação de serviços de saúde, para ser utilizado pelos hospitais acreditados, auxiliando os seus processos internos de melhoria. O indicador foi incluído como um índice de utilização de protocolos clínicos para profilaxia antibiótica em cirurgias ginecológicas.
A histerectomia é um dos procedimentos marcadores para realização de profilaxia antibiótica incluídos no indicador “Conformidade com diretrizes de profilaxia antibiótica para procedimentos marcadores selecionados”, desenvolvido pelo Projeto Performance Assessment Tool for quality improvement in Hospitals – PATH.
A literatura dá “respaldo para indicação de dose intra-operatória de cefazolina em histerectomias vaginais ou abdominais” (ANVISA, s/d).
A ACHS, em colaboração com colégios, associações e sociedades de especialidades médicas, desenvolveu variáveis de estratificação para permitir o agrupamento de instituições “semelhantes”, para auxiliar a comparação.
Três níveis de comparação estão disponíveis:
• Dados de uma instituição específica em comparação com TODAS as instituições que forneçam dados para um indicador em particular.
• Dados de uma instituição específica em comparação com todas as outras instituições que forneçam dados dentro do mesmo setor, isto é, público ou privado.
• Dados de uma instituição específica em comparação com todas as outras instituições classificadas de acordo com as variáveis de estratificação descritas abaixo - Variáveis de Estratificação Obstétrica, e de acordo às categorias pública/privada.
Variáveis de Estratificação Obstétrica (conforme o número total de nascimentos anuais) :
• < 1000 nascimentos por ano;
• 1000-3000 nascimentos por ano SEM Unidade de Terapia Intensiva Neonatal;
• Com Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e/ou > 3000 nascimentos por ano.
Taxa desejada: alta (associado a resultados potencialmente indesejáveis). Comparações externas (entre hospitais) podem ser feitas em um determinado ponto no tempo, ou acompanhando as tendências temporais. Comparações internas (dentro do hospital) podem ser feitas ao longo do tempo, em períodos regulares.
Banco de dados administrativos hospitalares; prontuários
1. ACHS. The Australian Council on Healthcare Standards. GYNAECOLOGY INDICATORS. CLINICAL INDICATOR USER MANUAL. VERSION 6 FOR USE IN 2012.
2. The Australian Council on Healthcare Standards (ACHS). Australasian Clinical Indicator Report 2004–2011: 13th edition. Published by ACHS, September 2012.
3. The Australian Council on Healthcare Standards (ACHS). Gynaecology version 6 Retrospective data in full. Australasian Clinical Indicator Report 2004–2011.
4. The Australian Council on Healthcare Standards (ACHS). Clinical Indicator User Manual 2012. Gynaecology version 6
5. SIMÕES, José A. et al.Tinidazol versus cefazolina na antibioticoprofilaxia de histerectomia vaginal e abdominal. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008; 30(11):544-9.
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 302 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
7. ANVISA (s/d). Tratamento das principais infecções comunitárias e relacionadas à assistência à saúde e a profilaxia antimicrobiana em cirurgia. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/atm_racional/modulo3/profilaxia.htm. Acesso em 19 jan.2014.