Porcentagem de prescrições de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância que são duplamente checadas e documentadas pelo farmacêutico antes da administração
Número de prescrições de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância que são duplamente checadas e documentadas (com as iniciais) pelo farmacêutico antes da administração, como uma porcentagem de todas as prescrições de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância.
Processo
Segurança
Número de prescrições de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância que são duplamente checadas e documentadas (com as iniciais) pelo farmacêutico antes da administração.
Número de prescrições na amostra.
Medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância (high alert medications):
São medicamentos que trazem um risco aumentado de causar danos significativos ao paciente quando usados erroneamente (por exemplo, insulina, heparina e morfina) (ISMP, 2006).
Medicamentos Potencialmente Perigosos em Hospitais:
Classes Terapêuticas
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Agonistas adrenérgicos intravenosos (ex. epinefrina, fenilefrina, norepinefrina)
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Anestésicos gerais, inalatórios e intravenosos (ex. propofol, cetamina)
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Antagonistas adrenérgicos intravenosos (ex. propranolol, metroprolol, labetalol)
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Antiarrítmicos intravenosos (ex. lidocaína, amiodarona)
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Antitrombóticos
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Anticoagulantes (ex. heparina, varfarina, heparinas não fracionadas e de baixo peso molecular (ex. enoxaparina, dalteparina, nadroparina)
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Inibidor do Fator Xa (ex. fondaparinux, rivaroxabana)
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Inibidores diretos da trombina (ex. dabigatrana, lepirudina)
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Trombolíticos (ex. alteplase, tenecteplase)
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Inibidores da glicoproteína llb/llla (ex. eptifibatide, tirofibana)
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Bloqueadores neuromusculares (ex. suxametônio, rocurônio, pancurônio, vecurônio)
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Contrastes radiológicos intravenosos
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Hipoglicemiantes orais
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Inotrópicos intravenosos (ex. milrinona)
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Insulina subcutânea e intravenosa (em todas as formas de administração)
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Medicamentos administrados por via epidural ou intratecal
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Medicamentos na forma lipossomal (ex. anfotericina B lipossomal) e Convencionais (ex. anfotericina B deoxicolato)
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Analgésicos opióides intravenosos, transdérmicos, e de uso oral (incluindo líquidos concentrados e formulações de liberação imediata ou prolongada)
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Quimioterápicos de uso parenteral e oral
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Sedativos de uso oral de ação moderada, para crianças (ex. hidrato de cloral)
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Sedativos intravenosos de ação moderada (ex. dexmedetomidina, midazolam)
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Soluções cardioplégicas
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Soluções de diálise peritoneal e hemodiálise
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Soluções de nutrição parenteral
Revisão da literatura sobre problemas relacionados a medicamentos em hospitais encontrou erros em todos os estágios do processo de medicação, e a administração foi responsável por mais da metade de todos os erros, seguida por erros de prescrição e transcrição, respectivamente (Krähenbühl-Melcher et al., 2007).
Diante da possibilidade de prevenção dos erros de medicação e do risco de dano em função da sua ocorrência, torna-se relevante identificar a natureza e determinantes dos erros, como forma de dirigir ações para a prevenção. As falhas no processo de utilização de medicamentos são consideradas importantes fatores contribuintes para a redução da segurança do paciente (Cohen, 2006; WHO, s/d).
Considerando-se a prevenção de erros, deve-se destacar o grupo de medicamentos chamados de potencialmente perigosos ou de alta vigilância (highalert medications), que possuem maior potencial de provocar dano no paciente quando existe erro na sua utilização.
Para a prescrição segura de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância, o PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃ DE MEDICAMENTOS (MS,2013) orienta que as doses destes medicamentos deverão ser conferidas com dupla checagem na fase dos cálculos para prescrição e análise farmacêutica da prescrição para dispensação.
Prontuário do paciente (prescrições de medicamentos)
1. 2003/2004 Annual Report. Hospital Pharmacy in Canada: Medication Safety. 2004. Toronto: Eli Lilly Canada Inc. Retrieved December 26, 2006. .
2. Nigam R, Mackinnon NJ, U D, Hartnell NR, Levy AR, Gurnham ME, et al. Development of canadian safety indicators for medication use. Healthc Q 2008;11(3 Spec No.):47-53.
3. Joint Commission International (JCI). Joint Commission International Accreditation Standards for Hospitals, 4nd Edition. 2010 Joint Commission International. ISBN: 978-1-59940-440-0.
4. Institute for Safe Medication Practices (ISMP) - http://www.ismp.org/Tools/highalertmedications.pdf
5. Ministério da Saúde (MS); Anvisa; Fiocruz. Anexo 03: PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS. Ministério da Saúde. 2013
6. Cohen MR. Medication errors.Washington, AmPharm Assoc. 2006; 680 p.
7. World Health Organization. WHO.Action on patient safety.High 5s.World alliance for patient safety.Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/implementation/solutions/high5s/en.