Avaliação do impacto da divulgação pública obrigatória de informações sobre a participação e o desempenho de hospitais em um programa destinado a reduzir a ocorrência de infecções de corrente sanguínea associadas a cateter central
Contexto: Não está claro se a divulgação pública obrigatória influencia as iniciativas e o desempenho de hospitais na prevenção de infecções adquiridas no hospital. Este estudo examinou se a divulgação pública obrigatória afetou a participação e o desempenho de hospitais na redução de infecções de corrente sanguínea associadas a cateter venoso central (ICS-CVCs) em um projeto colaborativo nacional de segurança do paciente.
Métodos: Analisamos 1.046 unidades de terapia intensiva (UTIs) de adultos que participaram do programa nacional On the CUSP: Stop BSI. Utilizamos uma abordagem de diferenças em diferenças para comparar as alterações nas taxas de ICS-CVCs em estados sem legislação sobre a divulgação pública, com legislação recente e com legislação mais antiga. O teste do qui-quadrado foi utilizado para examinar as diferenças nas taxas de participação.
Resultados: Os estados que promulgaram leis exigindo a divulgação pública das taxas de ICS-CVCs em torno da época do programa nacional tiveram as maiores taxas de participação hospitalar (aproximadamente 50%). Em comparação com unidades situadas em estados nos quais a divulgação não é exigida, as unidades em estados com sistemas voluntários de divulgação ou nos quais a legislação que exige a divulgação pública é mais antiga tiveram maiores taxas de ICS-CVCs na linha de base e maior redução nas taxas nos primeiros seis meses. Nos estados em que a divulgação pública das taxas de ICS-CVCs é obrigatória, a tendência foi de maior redução das taxas um ano após a implementação do programa.
Conclusão: A exigência de divulgação obrigatória pode incitar os hospitais a recorrer a intervenções comprovadas de prevenção de infecções para melhorar suas taxas de ICS-CVCs. Tal exigência não ensina as unidades a como reduzir as taxas. As UTIs precisam de motivação e facilitação para atender às expectativas dos consumidores em relação à prevenção de infecções.
Background: It is not clear whether mandatory reporting influences the efforts and performance of hospitals to prevent hospital-acquired infections. This study examines whether mandatory reporting impacted participation and performance in reducing central line-associated bloodstream infections (CLABSIs) in a national patient safety collaborative.METHODS:We analyzed 1,046 adult intensive care units (ICUs) participating in the national On the CUSP: Stop BSI program. We used a difference-in-difference approach to compare changes in CLABSI rates in states with no public reporting mandate, recent mandates, and longer-standing mandates. Chi-square tests were used to examine the differences in the participation rate.
Results: States enacting a law requiring mandatory public reporting of CLABSI rates around the time of the national program had the highest hospital participation rates (approximately 50%). Compared with units in states with no reporting requirement, units in the states with voluntary reporting systems or with longer periods of mandatory reporting experience had higher CLABSI rates at baseline and greater reductions in CLABSI in the first 6 months. State groups with mandatory public reporting of CLABSI showed a trend toward greater reduction in CLABSI after 1 year of program implementation.
Conclusion: Mandatory reporting requirements may spark hospitals to turn to proven infection prevention interventions to improve CLABSI rates. Reporting requirements do not teach sites how to reduce rates. ICUs need both motivation and facilitation to reach consumer expectations for infection prevention.
Keywords: Central line–associated bloodstream infections; Comprehensive Unit-based Safety Program; Health policy; Hospital-acquired infections; Mandatory reporting; Nosocomial infection