Resultados obstétricos da infecção pelo SARS-CoV-2 em mulheres grávidas assintomáticas

Cruz-Lemini, M.
Perez, E.F.
De La Cruz Conty, M.L.
Aguilar, A.C.
Pardilla, M.B.E.
Rodriguez, P.P.
Hernando, M.M.
Acebal, L.F.
Recarte, P.P.
Mallen, M.D.C.M.
Perez, N.P.,
Rodriguez, J.C.
Yarza, A.V.
Velasco, O.N.
Del Barrio Fernandez, P.G.
Lago, C.M.O.
Puig, B.M.
Abellana, B.M.
Ricoy, L.F.
Vicente, A.R.
Freire, M.J.J.
Alvarez-Mallo, M.A.
Pedraz, C.C.
Título original
Obstetric outcomes of sars-cov-2 infection in asymptomatic pregnant women
Resumo

Cerca de 2% das mulheres assintomáticas em trabalho de parto testam positivo para o coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) na Espanha. Os familiares e profissionais da saúde enfrentam o parto com incerteza. Procuramos determinar se a infecção pelo SARS-CoV-2 no momento do parto entre mães assintomáticas está associado a resultados obstétricos diferentes em comparação com pacientes negativas. Este foi um estudo prospectivo multicêntrico baseado no rastreamento universal pré-natal da infecção pelo SARS-CoV-2. Entre março e maio de 2020, 42 hospitais testaram mulheres internadas para o parto usando o teste de reação em cadeia da polimerase. Incluímos mães positivas e uma amostra de mães negativas assintomáticas durante todo o período pré-natal, com acompanhamento pós-parto de 6 semanas. A associação entre a infecção pelo SARS-CoV-2 e os resultados obstétricos foi avaliada por análises de regressão logística multivariada. Ao todo, 174 gestações assintomáticas positivas para o SARS-CoV-2 foram comparadas com 430 gestações assintomáticas negativas. Não constatamos diferenças entre os dois grupos nos principais resultados maternos e neonatais ligados ao parto e ao acompanhamento, com exceção da ruptura prematura de membranas a termo (odds ratio [OR] ajustado, 1,88, intervalo de confiança de 95%, 1,13-3,11; p=0,015). As mães assintomáticas positivas para SARS-CoV-2 apresentaram maior probabilidade de ruptura prematura de membranas a termo, sem aumento das complicações perinatais, em comparação com as mães negativas. As mulheres grávidas assintomáticas que testam positivo para o SARS-CoV-2 no momento da internação para o parto devem ser tranquilizadas por seus profissionais da saúde. 
 

Resumo original

Around two percent of asymptomatic women in labor test positive for severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) in Spain. Families and care providers face childbirth with uncertainty. We determined if SARS-CoV-2 infection at delivery among asymptomatic mothers had different obstetric outcomes compared to negative patients. This was a multicenter prospective study based on universal antenatal screening for SARS-CoV-2 infection. A total of 42 hospitals tested women admitted for delivery using polymerase chain reaction, from March to May 2020. We included positive mothers and a sample of negative mothers asymptomatic throughout the antenatal period, with 6-week postpartum follow-up. Association between SARS-CoV-2 and obstetric outcomes was evaluated by multivariate logistic regression analyses. In total, 174 asymptomatic SARS-CoV-2 positive pregnancies were compared with 430 asymptomatic negative pregnancies. No differences were observed between both groups in key maternal and neonatal outcomes at delivery and follow-up, with the exception of prelabor rupture of membranes at term (adjusted odds ratio 1.88, 95% confidence interval 1.13-3.11; p = 0.015). Asymptomatic SARS-CoV-2 positive mothers have higher odds of prelabor rupture of membranes at term, without an increase in perinatal complications, compared to negative mothers. Pregnant women testing positive for SARS-CoV-2 at admission for delivery should be reassured by their healthcare workers in the absence of symptoms. 
 

Data de publicação
Volume
13
Fascículo
1
doi
10.3390/v13010112