Além da lista de verificação de segurança cirúrgica: usando a passagem de caso intraoperatória para facilitar a consciência situacional pela equipe de profissionais no CC

Aliya Ramjaun ; Melanie Hammond Mobilio ; Nicole Wright ; Maria Masella ; Adam Snyman ; Cyril Serrick 3 ; Carol-Anne Moulton
Título original:
Beyond the Surgical Safety Checklist: Using Intraoperative Handoff to Facilitate Team Situation Awareness in the OR
Resumo:

Contexto: A lista de verificação de segurança cirúrgica (LVSC) tem sido apontada como responsável por melhorias na consciência situacional da equipe de profissionais (CS) no centro cirúrgico. Embora a LVSC possa auxiliar a CS da equipe de profissionais no início do caso operatório, a passagem de caso intraoperatória oferece uma oportunidade para a interrupção da CS ou, preferencialmente, para o seu reforço. Equipes cirúrgicas de alto desempenho demonstram um alto nível de CS continuada, enquanto equipes deficientes em CS são mais propensas a serem afetadas por erros cirúrgicos e eventos adversos. Até o momento, não existem ferramentas intraoperatórias interprofissionais para apoiar a CS da equipe de profissionais além da LVSC. Métodos: Este estudo foi dividido em duas fases. A primeira utilizou métodos qualitativos para (1) caracterizar os processos de passagem de caso intraoperatória em cirurgia, enfermagem, anestesia e perfusão, e (2) identificar fatores culturais que moldaram as práticas de passagem de caso. Os dados para a primeira fase foram coletados por meio de 38 dias de observação e 41 entrevistas curtas. A fase 2, embasada pela fase 1, usou um processo Delphi modificado para criar uma ferramenta para uso durante a passagem de caso intraoperatória. Os dados foram analisados iterativamente. Resultados: As práticas de passagem de caso não eram padronizadas e raramente envolviam toda a equipe. Além disso, descobrimos fatores culturais - especificamente pressupostos mantidos pelos participantes - que dificultavam a comunicação da equipe durante as passagens de caso. As suposições incluíam: (1) os membros da equipe são intercambiáveis, (2) indivíduos treinados são capazes de determinar quando é apropriado fazer a passagem de caso sem consultar a equipe do centro cirúrgico. Apesar das alegações de melhoria do trabalho em equipe resultante da LVSC, muitos participantes tinham uma visão fragmentada da equipe de profissionais do CC, resultando em desafios de comunicação durante a passagem de caso. Os achados de ambas as fases do nosso estudo embasaram o desenvolvimento de ferramentas multidisciplinares de passagem de caso intraoperatória para facilitar a consciência situacional compartilhada da equipe de profissionais e um modelo mental compartilhado. Conclusões: A passagem de caso intraoperatória ocorre com frequência e oferece a oportunidade de renovar ou fragmentar a consciência situacional da equipe de profissionais além da LVSC. 

 

Resumo Original:

Background: The surgical safety checklist (SSC) has been credited with improving team situation awareness (SA) in the operating room. Although the SSC may support team SA at the outset of the operative case, intraoperative handoff provides an opportunity for either SA breakdown or, more preferably, SA reinforcement. High-functioning surgical teams demonstrate a high level of continued SA, whereas teams deficient in SA are more likely to be affected by surgical errors and adverse events. To date, no interprofessional intraoperative tools exist to support team SA beyond the SSC. Methods: This study was divided into 2 phases. The first used qualitative methods to (1) characterize intraoperative handoff processes across surgery, nursing, anesthesia, and perfusion, and (2) identify cultural factors that shaped handoff practices. Data for phase one were collected over 38 observation days and 41 brief interviews. Phase 2, informed by phase 1, used a modified Delphi process to create a tool for use during intraoperative handoff. Data were analyzed iteratively. Results: Handoff practices were not standardized and rarely involved the entire team. In addition we uncovered cultural factors - specifically assumptions held by participants - that hindered team communication during handoff. Assumptions included: (1) team members are interchangeable, (2) trained individuals are able to determine when it is appropriate to handoff without consulting the OR team. Despite claims of improved teamwork resulting from the SSC, many participants held a fragmented view of the OR team, resulting in communication challenges during handoff. Findings from both phases of our study informed the development of multidisciplinary intraoperative handoff tools to facilitate shared team situation awareness and a shared mental model. Conclusions: Intraoperative handoff occurs frequently, and offers the opportunity for either renewed or fractured team SA beyond the SSC. 
 

Fonte:
Ann Surg Open ; 278(5): e1142-e1147; 2023. DOI: 10.1097/SLA.0000000000005838.