Contexto: O comparecimento dos pacientes às consultas de revisão de rotina da asma é baixo. Um recente estudo randomizado e controlado revelou que, por meio de consultas telefônicas, é possível aumentar as taxas de revisão dos pacientes com asma de maneira segura e custo-efetiva; entretanto, foram expressas preocupações quanto à possibilidade de generalizarmos e implementarmos os achados do estudo.
Objetivo: Avaliar a efetividade da alternativa telefônica como parte de um serviço estruturado para a revisão de pacientes com asma.
Desenho do estudo: Estudo controlado de fase IV antes e após a implementação. Ambiente: Uma grande clínica generalista do Reino Unido.
Método: Utilizando grupos administrativos já existentes, todos os pacientes com asma ativa (n = 1809) foram encaminhados a uma das seguintes modalidades de revisão da asma: (1) revisão estruturada com alternativa telefônica, (2) revisão estruturada somente com consultas cara a cara e (3) atendimento tradicional (para avaliar as tendências históricas). As principais medidas de desfecho foram: proporção de pacientes com asma ativa que passaram por revisão nos 15 meses antecedentes, modo de revisão, "empoderamento", morbidade e custos para o serviço.
Resultados: No grupo que tinha a alternativa telefônica, 397/598 (66,4%) pacientes realizaram uma revisão de rotina para a asma, em comparação com 352/654 (53,8%) no grupo que utilizou somente a revisão cara a cara: diferença de risco de 12,6% (intervalo de confiança [IC] de 95% 7,2 a 17,9, p<0,001). O grupo que recebeu o atendimento tradicional atingiu uma taxa de revisão de 282/557 (50,6%). A morbidade foi equivalente nos três grupos; entretanto, o empoderamento (p = 0,03) e a confiança (p = 0,007) no tratamento da asma foram maiores no grupo que contava com a alternativa telefônica que no grupo que utilizava somente consultas cara a cara. O custo por revisão realizada quando fornecida a alternativa telefônica foi menor que na modalidade que utilizou somente as consultas cara a cara (£10,03 versus £12,74, diferença média de £2,71; IC 95% 1,92 a 3,50, P<0,001); os custos do atendimento tradicional foram de £11,85 por revisão realizada.
Conclusão: A oferta rotineira de revisões telefônicas aumentou as taxas de revisão de pacientes com asma de maneira custo-efetiva, aumentando o empoderamento e a confiança dos pacientes com o tratamento sem piorar a morbidade da asma. As clínicas devem considerar a ideia de oferecer uma alternativa telefônica para a revisão de pacientes com asma.
Background: Attendance for routine asthma reviews is poor. A recent randomised controlled trial found that telephone consultations can cost-effectively and safely enhance asthma review rates; however, concerns have been expressed about the generalisability and implementation of the trial's findings. AIM: To evaluate the effectiveness of a telephone option as part of a routine structured asthma review service.
Design of study: Phase IV controlled before-and-after implementation study.
Setting: A large UK general practice.
Method: Using existing administrative groups, all patients with active asthma (n = 1809) received one of three asthma review services: structured recall with a telephone-option for reviews versus structured recall with face-to-face-only reviews, or usual-care (to assess secular trends). Main outcome measures were: proportion of patients with active asthma reviewed within the previous 15 months (Quality and Outcomes Framework target), mode of review, enablement, morbidity, and costs to the practice.
Results: A routine asthma review was provided for 397/598 (66.4%) patients in the telephone-option group compared with 352/654 (53.8%) in the face-to-face-only review group: risk difference 12.6% (95% confidence interval [CI] = 7.2 to 17.9, P<0.001). The usual-care group achieved a review rate of 282/557 (50.6%). Morbidity was equivalent in the three groups; however, enablement (P = 0.03) and confidence (P = 0.007) in asthma management were greater in the telephone-option versus face-to-face-only group. The cost per review achieved by providing the telephone-option service was lower than the face-to-face-only service (10.03 pounds versus 12.74 pounds, mean difference 2.71 pounds; 95% CI = 1.92 to 3.50, P<0.001); usual-care costs were 11.85 pounds per review achieved.
Conclusion: Routinely offering telephone reviews cost-effectively increased asthma review rates, enhancing patient enablement and confidence with management, with no detriment to asthma morbidity. Practices should consider a telephone option for their asthma review service.
Avaliação da eficácia do uso de telefone como parte de um serviço estruturado e rotineiro da revisão da asma. A proporção de pacientes nos 15 meses precedentes, modalidade e custos da revisão rotineira foram algumas das medidas adotadas.