Taxa de conciliação de medicamentos

Fonte
"Canadian Patient Safety Institute" - Canadá); e New South Wales Therapeutic Advisory Group Inc (NSW TAG) e Clinical Excellence Commission (CEC) – Austrália
Definição

Número de pacientes cujas histórias medicamentosas são documentadas e conciliadas no momento da internação e na alta, como porcentagem dos pacientes na amostra.

Nível de Informação
Dimensão da Qualidade
Numerador

Número de pacientes cujas histórias medicamentosas são documentadas e conciliadas no momento da internação e na alta.

Denominador

Número de pacientes na amostra.

Racionalidade

Os eventos adversos de medicamentos geralmente são causados pela ausência de comunicação efetiva a respeito da administração de medicamentos, especialmente na transição entre o ambiente comunitário e o hospitalar (ACSQHC, 2002). A conciliação da medicação ajuda a promover a continuidade na administração do medicamento.

Trata-se de um componente essencial para uma passagem de caso eficaz e inclui a verificação da lista de medicamentos que um paciente está tomando no momento atual (admissão, alta, etc) a identificação de variações e a retificação dos erros de medicação nas interfaces de cuidado. O objetivo é evitar erros de transcrição, omissão, duplicação de terapia, interações droga-droga e droga-doença e outros erros que podem resultar em eventos adversos de medicamentos (JCAHO, 2006). A seleção cautelosa e a escolha adequada de novos tratamentos durante a internação têm mais probabilidade de ocorrer quando é possível consultar uma lista completa e precisa dos medicamentos que um paciente está tomando antes da internação. Desta forma, a conciliação deve ocorrer o quanto antes após a internação e na alta, de modo que seja possível tomar decisões informadas sobre prescrição e promovendo a continuidade do cuidado seguro.

Interpretação

Este indicador avalia a efetividade de processos que promovem a continuidade dos cuidados na administração de medicamentos.

Coleta de dados para monitoramento local: amostra - amostragem aleatória de pacientes atualmente internados. Excluir pacientes internados por traumatismo e aqueles que forem internados diretamente na unidade de terapia intensiva. Aleatória significa que todos os pacientes têm probabilidade igual de serem incluídos na avaliação.

O tamanho recomendado da amostra é de 20% dos pacientes internados, quando o hospital tiver 150 ou mais leitos; 30 pacientes internados, quando o hospital tiver entre 30-149 leitos; e todos os pacientes internados quando o hospital tiver 30 ou menos leitos.

A coleta de uma amostra maior, quando possível, irá aumentar a sensibilidade dos dados.

Este indicador pode ser adequado para a comparação entre hospitais. Neste caso, as definições, métodos de amostragem e diretrizes de auditoria e notificação devem ser acordados previamente, consultando-se a agência coordenadora.

A coleta de dados para este indicador depende da documentação da conciliação de medicamentos no prontuário. Na ausência de um formulário ou modelo específico para esse fim, a documentação do processo de reconciliação provavelmente será limitada. A boa documentação promove a qualidade do cuidado ao paciente (The Good Clinical Documentation Guide, 2003). A má comunicação pode resultar em eventos adversos a medicamentos (MacKinnon, 2007). Portanto, na ausência de documentação explícita, presume-se que a conciliação de medicamentos não foi realizada. A conciliação de medicamentos só é completa quando ocorre em todos os pontos de transição, inclusive a alta.

Bibliografia

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10. Second National Report on Patient Safety: Improving Medication Safety: Australian Council for Safety and Quality in Health Care, 2002.

11. The Good Clinical Documentation Guide: National Centre for Classification in Health, Commonwealth of Australia, 2003.

Ano da Publicação
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290

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