Número de pacientes que receberam alta em uso de varfarina e receberam informações escritas sobre o gerenciamento da varfarina antes da alta, como porcentagem do número de pacientes que receberam alta em uso de varfarina na amostra.
Número de pacientes que receberam alta em uso de varfarina e receberam informações escritas sobre o gerenciamento da varfarina antes da alta.
Número de pacientes que receberam alta em uso de varfarina na amostra.
A varfarina é uma droga amplamente utilizada, com efeitos colaterais potencialmente fatais. Existe um risco considerável de interações com drogas e alimentos, e o monitoramento regular é obrigatório. A compreensão do paciente sobre o regime medicamentoso e seu envolvimento no plano terapêutico podem minimizar o risco de eventos adversos durante a administração de varfarina. Entretanto, pesquisas mostram que o fornecimento de informações escritas aos pacientes encontra-se abaixo do ideal em termos de conteúdo, especialmente em relação ao gerenciamento diário da varfarina (Bajorek et al., 2007). Os pacientes declaram desejar “informações detalhadas para aumentar sua confiança na terapia, incluindo melhores explicações sobre os motivos para tomarem a varfarina, seu funcionamento, como são feitos os ajustes de dose e explicações para os fenômenos observados (por exemplo, equimoses, resultados variáveis da RNI)” (Bajorek et al., 2007). Embora essas informações sejam extremamente importantes no início do tratamento com varfarina, considera-se adequado o fornecimento de informações escritas sobre a droga em cada oportunidade. As informações fornecidas devem ser dirigidas às necessidades individuais do paciente e estar adequadas à sua idade, língua e cognição.
Este indicador avalia a efetividade de processos destinados a assegurar que os pacientes e seus cuidadores recebam informações adequadas para o gerenciamento seguro e efetivo de medicamentos após a alta.
Coleta de dados para monitoramento local: amostra - amostragem aleatória de pacientes que tiveram alta em uso de varfarina durante um período de um mês. Os pacientes podem ser identificados através de registros da farmácia ou resultados do laboratório.
O tamanho recomendado da amostra é de trinta pacientes que receberam alta em uso de varfarina durante o período de um mês (ou todos os pacientes caso sejam identificados menos de 30 pacientes). A coleta de uma amostra maior, quando possível, irá aumentar a sensibilidade dos dados.
A metodologia recomendada é a revisão de prontuário.
Este indicador pode ser adequado para a comparação entre hospitais. Neste caso, as definições, métodos de amostragem e diretrizes de auditoria e notificação devem ser acordados previamente, consultando-se a agência coordenadora. Este indicador não avalia a compreensão do paciente sobre a terapia com varfarina, nem a adequação das informações escritas fornecidas.
Este indicador depende da documentação, no prontuário médico, de que foram fornecidas informações escritas relevantes. A boa documentação auxilia na qualidade do cuidado ao paciente (The Good Clinical Documentation Guide, 2003), sendo um componente fundamental do gerenciamento de medicamentos potencialmente tóxicos como a varfarina. A má comunicação pode resultar em eventos adversos a medicamentos (MacKinnon, 2007). Por isso, na ausência de documentação explícita, presume-se que não foram fornecidas informações escritas.
1.Bajorek BV, Ogle SJ, Duguid MJ, Shenfield GM, Krass I. Management of warfarin in atrial fibrillation: views of health professionals, older patients and their carers. Medical Journal of Australia 2007; 186:175-80.
2. Indicators for Quality Use of Medicines in Australian Hospitals: NSW Therapeutic Advisory Group, 2007. [capturado 06 fev. 2009]. Disponível em: http://www.cec.health.nsw.gov.au/moreinfo/PIMS_QUM.html#moi
3. Medication Safety Self Assessment for Antithrombotic Therapy in Australian Hospitals: Institute for Safe Medication Practices (Adapted for Australian use by the NSW Therapeutic Advisory Group and the Clinical Excellence Commission), 2007.
4. Safe and Effective: The eight essential elements of an optimal medication-use system. In: MacKinnon N, ed: Canadian Pharmacist’s Association, 2007.
5. The Good Clinical Documentation Guide: National Centre for Classification in Health, Commonwealth of Australia, 2003.